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“Não vou fazer juízos sobre as condições de Vieira para continuar”, diz Ventura

O deputado André Ventura, conhecido adepto do Benfica, recusou comentar “as condições para continuar” de Luís Filipe Vieira, depois do presidente do Benfica ter sido acusado na operação Lex.

O líder do Chega justificou que, para além de ser “adepto do Benfica”, não quer influenciar o processo eleitoral no clube, que vai a votos a 30 de outubro.

“É um juízo que ele tem de fazer. Eu disse que, na minha opinião, se ele [Vieira] for condenado, terá de sair do Benfica. Não vou agora fazer juízos sobre as condições para continuar”, reagiu.

André Ventura frisou ter entendido que deve “separar a política do futebol” para notar que “o primeiro-ministro entendeu o contrário”, aludindo à participação de António Costa na comissão de honra da recandidatura de Luís Filipe Vieira, entretanto retirada pelo próprio Vieira.

Evitando comentários sobre o “amigo” que dirige o Benfica, o deputado do Chega lembrou que a acusação da Operação Lex envolve vários magistrados.

“Hoje é um dia triste para a justiça, porque temos juízes e membros destacados da justiça em tribunais superiores que são acusados de crimes que desonram a justiça”, sustentou.

Admitindo que “os portugueses têm razões para desconfiar mais da justiça”, André Ventura defendeu ainda que é preciso aumentar a “prevenção da corrupção, do branqueamento de capitais e da fraude” em Portugal.

Luís Filipe Vieira está acusado, na operação Lex, de um crime de recebimento indevido de vantagem, que, nos termos do Código Penal, é punido com pena de prisão de até três anos ou multa de até 360 dias.

No total, dezassete arguidos da operação Lex, que envolve, entre outros, os juízes Rui Rangel, Fátima Galante e Vaz das Neves, foram acusados de crimes como corrupção, abuso de poder, usurpação de funções, fraude fiscal e branqueamento.

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