Cultura

Morreu Aretha Franklin, a rainha do soul

Aretha Franklin, a Rainha do Soul, morreu esta quinta-feira. Tinha 76 anos e sofria de cancro no pâncreas, que viu deteriorar o seu estado de saúde nos últimos dias.

A lenda da música enfrentou vários problemas de saúde nos últimos anos, tendo cancelado vários concertos.

No final do ano passado, assumiu que iria retirar-se depois de terminar esta digressão, após uma carreira de mais de 60 anos e marcada por êxitos icónicos no mundo da música.

A sua fase mais criativa remonta às décadas de 1960, inspirada por nomes como Sam Cook e resgatada, depois, pela Columbia Records, onde pontificavam estrelas como Johny Cash, Tony Bennet ou Miles Davis.

Em 1960 lançou ‘Today I Sing The Blues’ e deu o primeiro passo para uma carreira assinalável.

A ascenção de Aretha foi construída na base de temas como ‘Operation Heartbreak’ ou ‘You Made me Love You’, mas o melhor estava reservado para mais tarde.

Em 1966 assinou pela Atlantic e, apenas um ano mais tarde, lançou o tema que a eternizou: ‘Respect’, música de Otis Redding imortalizado pela voz da sua conterrânea.

A música era um símbolo de lutas feministas e dos direitos civis dos negros na América, numa década marcada por profundas transformações sociais e políticas.

‘Respect’ foi número um nas tabelas de vendas e o cartão de apresentação para todo o legado de Aretha, construído antes e depois do seu lançamento.

Seguiram-se temas como ‘Natural Woman’ ou ‘ I Say a Little Prayer’ e um sucesso contínuo.

Aretha Franklin foi a primeira mulher a entrar para o Rock and Roll Hall of Fame, e ganhou 18 Grammys ao longo da carreira.

Foi figura de proa em momentos importantes da história dos Estados Unidos.

Cantou ‘Precious Lord’ no serviço fúnero de Martin Luther King, amigo de longa de data, e ‘America (My Country ‘Tis of Thee)’ na tomada de posse de Barack Obama, em 2009.

Morreu esta quinta-feira, aos 76 anos.

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