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Moçambique mantém taxa de juro em 14,25% e sobe reservas estrangeiras para 36%

O banco central de Moçambique decidiu hoje manter a taxa de juro de referência, conhecida como MIMO, em 14,25 por cento, anunciando ainda que vai aumentar o coeficiente de reservas em moeda estrangeira em 900 pontos base, para 36 por cento.

“O Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique, reunido hoje, dia 06 de março de 2019, em sessão extraordinária, decidiu manter a taxa de juro de política monetária, taxa MIMO, em 14,25 por cento”, lê-se no comunicado hoje difundido.

“Adicionalmente, em face da disponibilidade de novas informações que apontam para o agravamento da perceção dos riscos externos e consequente maior volatilidade do dólar no mercado internacional, comparativamente à avaliação feita na última sessão, o CPMO decidiu aumentar o coeficiente de Reservas Obrigatórias (RO) em moeda estrangeira em 900 pontos base, para 36 por cento”,acrescenta-se no documento.

Esta medida, lê-se ainda, terá “efeitos a partir do período de constituição” que inicia na quinta-feira, 07 de março.

Além disso, o Banco de Moçambique decidiu manter as taxas da Facilidade Permanente de Depósitos (FPD) e da Facilidade Permanente de Cedência (FPC) em 11,25 por cento e 17,25 por cento, respetivamente, bem como o coeficiente de Reservas Obrigatórias para os passivos em moeda nacional nos 14,00 por cento,

A decisão de manter a taxa de referência, explica o governador do banco central moçambicano, “justifica-se pelo facto de a inflação permanecer baixa e estável, e a respetiva projeção para o curto e médio prazos indicar que poderá situar-se em torno de um dígito até ao final do ano”.

No entanto, acrescenta, “dada a probabilidade de uma possível aceleração da inflação, caso o ambiente externo continue a degradar-se, o CPMO considera oportuno ajustar a sua postura de política monetária de modo a contribuir para a preservação da estabilidade macroeconómica”.

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