Miguel Barbosa e Miguel Barbosa venceram a Baja TT de Idanha-a-Nova depois de João Ramos ter sido penalizado em duas horas por ter controlado por avanço no primeiro setor selectivo da prova organizada pela Escuderia de Castelo Branco.

Esta decisão caiu como uma ‘bomba’ junto do piloto de Gaia, que tinha cortado a meta com 35 segundos de vantagem sobre Miguel Barbosa, justificando que apenas não parou na zona de controlo mas que o seu navegador, Vítor Jesus, tinha entregue a carta de controle ao comissário, “que a assinou com a hora normal”.

“Assumimos o erro, mas como o comissário nos deu a hora normal não havia matéria para sermos penalizados. Só que esse comissário alterou a sua versão, não sei por pressão de quem. E o cerro é que fomos penalizados”, explica João Ramos.

O piloto da Toyota Hilux não contesta a penalização, mas a “forma como o comissário alterou a sua posição e, principalmente”, o facto de ter estado quatro horas antes do SS2 e sem ninguém o informar que iria ser penalizado.

Partiu assim ao ataque porque tinha uma vantagem de um segundo, correndo riscos para ganhar no terreno e gastando material. “E tudo desnecessariamente”, queixou-se João Ramos.

Logicamente que o azar do piloto gaiense foi a sorte de Miguel Barbosa, que assim se impôs na prova beirã, reforçando significativamente a sua canditatura ao título nacional de todo-o-terreno, que se decidirá na Baja Portalegre 500.

“Não poderia estar mais satisfeito. Foi uma prova disputada ao segundo desde o primeiro momento. É uma competição muito importante para o Campeonato. Fizemos uma prova imaculada, sem erros, a jogar ao ataque e estamos lançados na luta pelo título”, declarou o piloto do Mitsubishi Racer Lancer.