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Medicamentos: O Estado gastou menos apesar do maior consumo nos hospitais

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Ao longo de 2014, o consumo de medicamentos nos hospitais públicos aumentou 0,4 por cento. Porém, o Estado gastou menos dinheiro em comparticipações. O valor da despesa no ano passado caiu para os 959 milhões de euros, de acordo com o relatório do Infarmed.

Apesar dos hospitais públicos terem administrado mais medicamentos ao longo de 2014 do que em 2013, o valor da despesa para o Estado em comparticipações desceu.

A poupança de 1,6 por cento na despesa, apesar do aumento de 0,4 por cento no consumo, salta à vista na análise ao relatório do Infarmed intitulado “Consumo de Medicamentos em Meio Hospitalar”, citado pela Lusa.

Os dados do regulador mostram que o Estado pagou 959 milhões de euros pelos medicamentos administrados nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), onde foram consumidas mais 233 milhões de unidades do que em 2013.

Os maiores volumes foram registados no ambulatório hospitalar (consulta externa, hospital de dia e cirurgia de ambulatório), que se mantém como a área de prestação com maior peso no total da despesa: 77 por cento do total.

Os 740 milhões de euros de despesa nesta rúbrica foram semelhantes aos valores referentes a 2013, ainda segundo o documento do Infarmed.

Os imunomoduladores (251 milhões de euros), os antivíricos (218 milhões de euros) e os citotóxicos (101 milhões de euros) são os grupos terapêuticos que sobressaem ao nível da despesa.

Cerca de 80 por cento da despesa com medicamentos foram registados em apenas 15 das 46 unidades do SNS.

O Centro Hospitalar de Lisboa Norte é a instituição que levou o Estado a pagar mais, nomeadamente 127.940.229 euros. Seguem-se o Centro Hospitalar de Lisboa Central (100.474.581 euros) e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (97.968.406 euros).

Por outro lado, em cerca de metade (oito destes 15) a despesa baixou, incluindo as três unidades citadas.

Nos medicamentos abrangidos por regimes especiais de comparticipação de cedência em farmácia hospitalar, o relatório destacou a queda na despesa, que caiu 3,8 por cento.

“Os medicamentos para a infeção por VIH/Sida e os medicamentos para a artrite reumatóide assumem especial preponderância com um peso de 85 por cento na despesa com este grupo de medicamentos”, complementou o Infarmed.

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