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Qual a diferença entre um seguro de saúde e um plano de saúde?

Perceba a diferença entre um seguro de saúde e um plano de saúde

Todas os cidadãos portugueses têm acesso aos cuidados médicos do Serviço Nacional de Saúde, que também recebe cidadãos de outras nacionalidades quando legalmente integrados no país. Porém, a rede de prestadores médicos no país não se limita às unidades de saúde públicas como os centros de saúde.

Existem também espaços privados. Mas para os frequentar as pessoas têm de pagar do próprio bolso. Por isso, há quem opte por seguros de saúde ou mesmo planos de saúde. Explicamos neste artigo a diferença entre uma coisa e outra.

Veja o que é um plano de saúde e um seguro de saúde

Um seguro e um plano de saúde têm a mesma finalidade, ou seja, procurar atendimento numa rede de prestadores de serviços de saúde com menores custos no momento do serviço. Mas existe uma diferença importante entre plano de saúde e seguro.

Um seguro dá-lhe acesso a descontos em serviços médicos de acordo com o que contrata, enquanto que um plano de saúde é meramente um conjunto de descontos que tem numa rede convencionada (aderente).

Se no seguro de saúde pode dar-se o caso de recorrer a um prestador de serviços de saúde fora da rede convencionada e pedir reembolso, no plano de saúde, se for a um prestador de serviços fora da rede, assumirá todos os custos.

saúde

O que é um seguro de saúde?

Um seguro de saúde tem uma cobertura e tem um custo que será maior quantas mais coberturas o subscritor quiser. No caso dos seguros de saúde, vendidos pelas seguradoras, existem também cuidados médicos que não estão contemplados. São as chamadas exclusões.

Na questão dos seguros de saúde há também referência para períodos de carência. Ou seja, trata-se de um tempo em que o seguro, apesar de ativo, não pode ser acionado.

Tome o exemplo de uma gravidez. Se uma mulher adquire um seguro, pode existir alguma cláusula que determine que despesas com o parto, de acordo com o seguro, apenas fiquem cobertas a partir de um determinado tempo.

Além disso, no caso dos seguros de saúde, logicamente que se as coberturas forem mais altas, o valor a pagar pelo seguro também será.

Mas são uma alternativa para recorrer a consultas ou cirurgias se não quiser esperar pelo Serviço Nacional de Saúde.

A somar a isso, as despesas com o prémio do seguro de saúde podem-se deduzir no IRS, algo que acaba por ser vantajoso para quem contratualiza este serviço.

De salientar ainda que os seguros de saúde podem-se usar na chamada rede convencionada. Aí, o cliente paga uma parte, de acordo com as tabelas contratualizadas, enquanto que a seguradora se encarregará de suportar o restante da despesa nos cuidados de saúde.

Importa destacar também que alguns seguros de saúde permitem que o cliente recorra a serviços médicos fora da rede convencionada. Nesse cenário, o segurado paga a despesa total, mas depois envia a fatura e pede o reembolso de uma parte comparticipada.

Os seguros de saúde têm ainda uma lei que os contempla. Trata-se do Decreto-lei 72/2008, nomeadamente no artigo 213.º e seguintes.

Atenção à franquia e plafond no seguro de saúde

Depois, é fundamental que esteja bem informado antes de contratualizar um seguro de saúde. É que existem franquias que podem ser exigidas para acionar o seguro.

A franquia é o valor que o cliente tem de pagar à seguradora para acionar o seguro. Nos seguros de saúde funcionam como nos seguros automóveis.

Além disso, preste atenção a eventuais plafonds previstos. Algumas seguradoras, mediante o valor pago pelo cliente estabelecem um limite máximo para cada cobertura.

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O que é um plano de saúde?

Já os planos de saúde mais não são do que cartões de descontos. Comercializados em diversas entidades, os cartões de descontos apenas são válidos na rede aderente.

Importa destacar ainda que, embora uma entidade possa ser aderente do plano de saúde, pode não contemplar todos os recursos que o cliente procura.

De destacar também que os clientes que queiram ser atendidos em espaços médicos fora da rede de saúde, no caso dos planos de saúde, têm de assumir os custos totais.

Em relação aos planos de saúde, estes não tem períodos de carência, nem limites de idade para adesão ou permanência.

Uma das vantagens que os planos de saúde dizem ter dizem respeito à inexistência de franquias ou plafonds para se acionar os descontos.

E se no caso dos seguros de saúde os custos podem aumentar à medida que a idade avança, nos planos de saúde o valor a pagar é constante.

Quem tem doenças vê a sua vida mais facilitada na questão dos planos de saúde, visto que não é necessário preencher inquéritos antes de subscrever o serviço.

Ainda assim, os clientes devem ter noção da rede e perceber se é abrangente o suficiente ou não para as suas necessidades.

Devo escolher um seguro ou um plano de saúde?

Aqui chegados coloca-se a questão: devo escolher um seguro ou um plano de saúde?

A resposta é pessoal e cada pessoa deve avaliar bem o contexto e as suas necessidades. Logicamente que os seguros de saúde têm coberturas que podem dar outro tipo de apoio, mas também será necessário pagar antecipadamente para ter essas coberturas.

Ou seja, quer nos seguros quer nos planos de saúde há vantagens e desvantagens. O importante é que as pessoas se informem bem antes de contratualizarem qualquer serviço.

Uma dica importante para quem está na dúvida sobre que tipo de serviço adquirir é perceber as necessidades e saber se um ou outro produto abrangem aquilo que procura. Para isso, deixamos-lhe um exemplo.

Imagine o caso de uma família que recorre frequentemente a uma clínica dentária que confia e na qual tem total segurança.

Antes de fechar com uma seguradora ou um plano de saúde, perceba se a clínica tem acordos com seguradoras ou com planos de saúde.

Ou veja, em alternativa, se pode recorrer a essa clínica e pedir depois o reembolso, no caso de contratualizar um seguro mas se essa clínica não fizer parte da rede convencionada. É tudo uma questão de cálculos e confiança no prestador de cuidados de saúde.

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