Nas Notícias

Marcelo: “Portugal mudou e muito”

Nos últimos cinco anos, “Portugal mudou e mudou muito”, realçou Marcelo Rebelo de Sousa. Falando para a diáspora, o Presidente admitiu que “as pessoas não têm a noção” dessa mudança, visível nos “consensos de regime” que antes eram impossíveis.

No encontro anual do Conselho da Diáspora Portuguesa, realizado no Palácio da Cidadela (Cascais), o chefe de Estado deu a conhecer a “mudança de mentalidade” que ocorreu nos últimos cinco anos, em especial em temas como o défice e o crescimento económico.

“Portugal mudou e mudou muito. As pessoas não têm a noção. Eu espero que quem esteja de fora tenha aquele distanciamento que quem está no meio da floresta não vê”.

“Mudou muito, conseguiu fazer consensos de regime mesmo que só implícitos. Há cinco ou seis anos, interiorizar que controlar o défice do Estado era uma prioridade nacional era falar nalguns países europeus, a começar na Alemanha”, realçou Marcelo Rebelo de Sousa.

Noutro exemplo, o Presidente lembrou como o défice passou de “tema polémico” para um assunto “interiorizado como algo que já não se debate na vida política e quando se debate é ao nível de 0,1, 0,2”.

“Uma segunda mudança cultural que está em curso é perceber-se que o desendividamento é fundamental”, continuou.

“Mudou a exigência de crescimento, a começar pelo Presidente da República, responsável por falar em metas, porventura muito elevadas. Isto não é só uma mudança de léxico, é uma mudança de mentalidade, que está para ficar, qualquer que seja o Governo, qualquer que seja a solução – está para ficar e é bom que esteja para ficar”.

Esta “mudança de mentalidade” acompanhou “uma revolução silenciosa” no mundo empresarial português, “que começou pelos empresários, micro, pequenos, médios empresários que se lançaram à vida” durante a crise e começaram a “operar noutros mercados”.

“Houve uma reconversão”, prosseguiu Marcelo, apontando a diplomacia económica como “outro caso de consenso de regime, não explicitado, nem assumido”.

Em destaque

Subir