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Marcelo cumprimenta Israel com crítica à “conduta unilateral” dos EUA

O Presidente da República cumprimentou hoje o Estado de Israel pelos 70 anos, mas reiterou a discordância da decisão dos Estados Unidos da América (EUA) de reconhecerem Jerusalém como capital israelita, criticando essa “conduta unilateral”.

À saída de uma iniciativa sobre segurança nacional, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre a morte de dezenas de palestinianos hoje na Faixa de Gaza pelas forças israelitas, durante manifestações contra a inauguração da nova embaixada dos EUA em Jerusalém.

O chefe de Estado disse ter conhecimento da situação em Gaza, mas não quis comentá-la diretamente: “Pois, eu sei, eu sei. Não queria pronunciar-me sobre isso”.

O Presidente da República preferiu recordar “a posição de Portugal” – que, salientou, “é igual à posição da União Europeia” – face ao reconhecimento pelos EUA de Jerusalém como capital de Israel: “É de não acompanhar a iniciativa americana relativamente a ver a perspetiva de uma ótica essencialmente de um Estado e não de dois”.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que o Estado Português “mantém essa posição, que é de entender que tudo o que contribua para o diálogo é bom, tudo aquilo que, sendo uma conduta unilateral, não contribua para o diálogo, isto é, para esse objetivo de haver dois povos e dois Estados, é negativo”.

“Não facilita o caminho para a paz, cria tensão que dificulta esse caminho para a paz”, reforçou.

Antes, contudo, o Presidente da República considerou que há que separar estes acontecimentos dos 70 anos de existência do Estado de Israel, que hoje se assinalam.

“É uma razão para cumprimentar Israel, uma vez que a posição portuguesa é da existência de dois Estados, com Jerusalém como capital desses dois Estados. E, portanto, essa é uma razão de cumprimento”, afirmou.

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