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“Há pessoas a quem o confinamento deve ter feito mal”, dispara Costa

O primeiro-ministro reagiu mal ao processo legislativo em curso, no Parlamento, que visa alterar as regras da nomeação e destituição dos membros da administração do Banco de Portugal, numa altura em que o nome de Centeno é apontado para o cargo de governador. “Qual foi o crime que Mário Centeno cometeu?”, questiona António Costa.

“Essa lei é inaceitável. Num estado de direito não é aceitável fazer leis que visem uma pessoa. Nomeadamente, fazer uma lei que visa perseguir essa pessoa”, afirmou o primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas, nesta segunda-feira, à margem da tomada de posse de João Leão, o novo ministro das Finanças.

António Costa foi duro nas críticas aos defensores desse processo legislativo que visa evitar que Mário Centeno saia do Governo para o Banco de Portugal. E considerou que o ex-titular da pasta das Finanças tem toda a legitimidade para ocupar o cargo de governador.  

“Não compreendo e ninguém compreende esta fúria de alguns partidos com assento na Assembleia da República de o perseguirem, de o castigarem, como se ele tivesse cometido algum crime”, afirmou.

“Qual foi o crime que Mário Centeno cometeu? Foi ter sido membro do Governo? Foi ter sido ministro das Finanças? Foi ter conseguido o primeiro excedente orçamental da história da Democracia? Isso é motivo de perseguição? Há pessoas a quem o confinamento deve ter feito mal”, acrescentou o primeiro-ministro.

O Bloco de Esquerda considerou hoje que Mário Centeno não tem “condições políticas” para ser governador do Banco de Portugal, mas recusou colaborar para empatar ou apressar o processo legislativo.

No entanto, em relação ao processo legislativo sobre as regras da nomeação e destituição dos membros da administração do Banco, a deputada do Bloco Mariana Mortágua avisou que, para este “ser legal e constitucional”, deve “decorrer nos normais termos e prazos do Parlamento”.

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