Economia

“Sessenta e dois por cento da administração do Banco de Portugal vem dos bancos privados”

O Bloco de Esquerda rejeita Mário Centeno no Banco de Portugal e insiste num maior controlo da “porta-giratória entre regulador e regulados”.

Ao comentar o apontado destino do ex-ministro das Finanças, depois do primeiro-ministro ter dito que Centeno “é uma hipótese” para governador do Banco de Portugal (BdP), Mariana Mortágua apontou o dedo ao “conflito de interesses” entre reguladores e regulados, defendendo o aprofundamento do regime de incompatibilidades.

Segundo a deputada bloquista, “o conflito de interesses existe na porta-giratória entre o público e o privado, entre regulador e regulado”.

“Verificamos a presença desse conflito de interesses quando 62 por cento da administração do Banco de Portugal é composta por pessoas vindas dos bancos privados que o Banco de Portugal regula”, descreve Mariana Mortágua.

No caso concreto de Mário Centeno, o BE considera que lhe faltam “condições políticas” devido aos problemas com o Novo Banco e o Banif.

O ‘aviso’ bloquista surgiu depois do primeiro-ministro, António Costa, ter dito que “Mário Centeno tem todas as condições do ponto de vista pessoal, profissional e todas as competências para exercer as funções de governador do Banco de Portugal”.

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