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Há quem ligue para o 112 para saber tarifários de telemóvel

PSP_112_900O número de chamadas falsas para a central do 112 da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Coimbra é extremamente alto. Das quase 14 mil chamadas recebidas em 2015, 75 mil são falsas ou sem sentido, o que representa uma percentagem superior a 65 por cento.

Em média, a PSP de Coimbra recebe por dia 200 chamadas falsas ou sem sentido.

Uma estatística divulgada pela PSP de Coimbra relativa às chamadas para a central de emergência, durante o ano de 2015, dá conta de que mais de metade dos telefonemas são falsos (comunicação de situações de emergência inexistentes) ou injustificadas (utilização da linha telefónica para outros fins que não a da emergência).

No total, foram recebidas pela central de emergência 113 975 chamadas, sendo que, destas, 75 180 ou eram falsas, ou estavam desprovidas de sentido, pelo que não justificavam o pedido de socorro.

“Apesar da já longa vida do número europeu de emergência, não deixa de ser estranho que, ainda hoje, muitas pessoas liguem para a central de emergência a pedir contactos telefónicos ou informações sobre telemóveis e tarifários, outras para reclamar perante a Câmara Municipal por ser dia e a iluminação pública ainda estar ligada e até para nos solicitar o serviço de despertar”, realça o comando distrital da PSP de Coimbra.

Estes dados são preocupantes, uma vez que as autoridades são obrigadas a dedicar tempo e recursos para falsas emergências, o que prejudica a sua intervenção nos casos que merecem todo o cuidado.

“O número de chamadas falsas ou injustificadas não deixa de ser significativo e preocupante, pela sua grandeza e pelo elevado impacto negativo que as mesmas produzem na prestação dos serviços de emergência e socorro aos cidadãos, consumindo e ocupando recursos, por vezes necessários para dar resposta a reais situações de emergência”, revela aquela autoridade.

Além das brincadeiras, há também o uso inadequado da linha de emergência. Muitos cidadãos usam o 112 de forma inapropriada, para tratar questões que não são urgentes, ou que devem ser resolvidas noutras plataformas ou entidades.

A génese do nosso atual sistema de emergência remonta ao início da década de 70 do século passado.

Refira-se, por outro lado, que a simulação de perigo ou o abuso destas ferramentas são crime e preveem punição, no Código Penal Português.

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