Economia

Gasóleo está mais caro 11 cêntimos do que há um ano

Os combustíveis têm vindo a descer, nas últimas semanas, mas os dados do setor permitem perceber que o gasóleo, por exemplo, está mais caro 11 cêntimos do que há um ano. No caso da gasolina, o aumento é de 1,4 cêntimos.

O sobe e desce dos combustíveis é constante, sendo que, após várias semanas de uma subida consecutiva, nas últimas semanas o preço tem sofrido uma baixa tanto no caso do gasóleo como na gasolina.

Se o barril de petróleo Brent – que serve de referência para o mercado português – chegou a um pico máximo desde 2014 num valor de 86,29 dólares, nas últimas semanas baixou para um mínimo de 65,47 dólares, na última semana.

Uma quebra que as empresas de transporte esperavam que fosse maior.

A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) já questionou o Governo para saber a razão pela qual o preço do gasóleo continua “sistematicamente” sem acompanhar a descida do valor do barril de petróleo.

“Se olharmos para a descida do preço do barril de petróleo e para os valores do gasóleo, que continuam elevados, sem acompanhar percentualmente a referida descida, não encontramos justificação possível”, lembrou a associação, em comunicado.

Na semana passada, recorde-se, esta associação pediu ainda ao Governo para saber se “tem marcha medidas para reverter a situação”.

Ouvido pelo Jornal de Notícias, António Comprido, da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, salienta que “a evolução dos preços do crude tem sempre repercussão nos preços dos combustíveis”.

No entanto, admite que depois também ‘pesam’ na fatura final ao consumidor custos de refinação, carga fiscal, distribuição e armazenamento.

Para se chegar ao preço dos combustíveis também é levado em conta o comportamento da moeda e o seu efeito cambial (relação do euro face ao dólar), tal como as estimativas de oferta e procura da matéria-prima, ao longo da semana.

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