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Fosso entre ricos e pobres avança imparável, alerta Oxfam

Sem-Abrigo_Cao_900Relatório da Oxfam revela que as 62 pessoas mais ricas do mundo tinham, em 2015, a mesma riqueza que a soma da metade mais pobre do planeta. Há cinco anos, eram necessários 388 milionários. O número desce de forma assinalável, na melhor representação da concentração de riquezas.

Um relatório da organização não-governamental (ONG) Oxfam sobre a concentração de riqueza, divulgado nesta segunda-feira, fornece dados preocupantes.

“Os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres”. Esta frase feita, que ouvimos em campanhas eleitorais e no discurso de políticos da oposição, nunca foi tão real.

É verdade que a acumulação de riqueza é imparável. Mas com que rapidez e de que forma? Um relatório da Oxfam, divulgado a em vésperas do Fórum Económico Mundial de Davos, dá as respostas e deve levar a uma reflexão – pelo menos.

O fosso entre os ricos e os pobres é maior do que nunca. A concentração de fortunas pode ser tornada clara neste dado: as 62 pessoas mais ricas do mundo tinham, em 2015, a mesma riqueza que a soma da metade mais pobre do planeta.

“O fosso entre a franja dos mais ricos e o resto da população aumentou de forma dramática nos últimos doze meses”, realça o relatório, que dá conta de “uma economia a serviço de um por cento”.

Para se perceber o avanço desta concentração de fortunas, mais um número: há cinco anos, eram precisas 388 milionários para igualar a metade mais pobre do planeta. Agora, 62 milionários bastam.

“O mundo continua a ser um lugar desigual e a tendência é o agravamento desta realidade”, salienta Winnie Byanima, diretor-executivo daquela organização não-governamental.

Cerca de metade dos mais ricos residem nos EUA. Há 17 milionários europeus e os restantes vivem em países como a China, Brasil, México, Japão e Arábia Saudita.

O modo mais eficaz de combater estas desigualdades, segundo a ONG, é acabar com os paraísos fiscais, que permitem o desvio de fortunas, que não são tributadas.

Estima-se que 14 mil milhões de dólares, correspondentes a 30 por cento da riqueza do continente africano esteja em paraísos fiscais.

O Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça, vai juntar líderes políticos e alguns dos dirigentes das mais influentes empresas mundiais. A Oxfam espera que esta desigualdade seja o ponto central da discussão.

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