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“Há pessoas que pensam que a Igreja é rica. O dinheiro da Igreja é feito de tostões”, lembra D. Jorge Ortiga

As dificuldades económicas que a pandemia tem acarretado não é apenas um problema para muitas famílias mas também para a Igreja enquanto entidade que procura também ela apoiar e ajudar aqueles que à sua porta batem.

D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, chama a atenção para os desafios que se colocam à Igreja nesta altura de pandemia em que, inevitavelmente, os contributos dos fiéis são menores e, ao mesmo tempo, são cada vez mais aqueles que recorrem às ajudas quer da Igreja quer de instituições ligadas à fé.

Mas D. Jorge Ortiga lembra que a Igreja Católica não ‘nada em dinheiro’ e a crise também lhes está presente diariamente. “Ninguém ignora que a Igreja vive da generosidade dos fiéis. Há pessoas que pensam que a Igreja é rica. É rica apenas pelo património que tem”, realça D. Jorge Ortiga.

O Arcebispo de Braga lembra que o encerramento das igrejas nos últimos tempos condicionou a recolha de apoios financeiros. “Se as igrejas estiveram fechadas, naturalmente não houve oportunidade de efetuar peditórios e ir angariando as pequenas esmolas. Eu costumo dizer que o dinheiro da Igreja é feito de tostões, que se vão acumulando, grão a grão”.

Em entrevista ao Jornal de Notícias e à TSF, o responsável minhoto pela igreja nota ainda que as dificuldades financeiras são vividas em diversas paróquias mas acredita no espírito solidário para ultrapassar este período de maior aperto financeiro.

“É provável que uma ou outra até possa estar em dificuldade. Mas as paróquias depois ajudam-se umas às outras”, comentou D. Jorge Ortiga, destacando que são cada vez mais os necessitados que pedem ajuda.

Aliás, D. Jorge Ortiga sustenta que em virtude da crise pandémica e do encerramento de postos de trabalho, há famílias que viviam com conforto que agora precisam de ajuda. E muitas delas nem batem à porta da Igreja. Por isso, o Arcebispo de Braga diz que é preciso ver e analisar com cuidado quem precisa de ajuda.

“Se há alguns que pedem – e até pedem demais, é preciso cuidado na distribuição porque há muito oportunismo também e faz falta denunciar essa situação -, outros não pedem”, afirmou D. Jorge Ortiga, salientando que “é importante conhecer e ter proximidade às famílias.”

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