Desporto

FIFA proíbe o telemóvel, lembra Duarte Gomes sobre a falha do VAR no Dragão

O telemóvel não podia ‘substituir’ o videoárbitro (VAR), que falhou longo tempo durante o jogo no Dragão, porque “é expressamente proibido” pela FIFA, como lembrou o antigo árbitro Duarte Gomes.

Em declarações à Renascença, o agora comentador de arbitragem explicou que o VAR não podia instruir Fábio Veríssimo a anular o segundo golo do FC Porto (André Pereira estava em fora de jogo) porque a entidade que regula o futebol não iria aceitar a utilização do telemóvel.

“É expressamente proibido pelo Intenational Board”, insistiu.

“O recurso ao telemóvel não tem um tipo de encriptação que permita comunicações seguras ou que não sejam de alguma forma manietadas”, salientou Duarte Gomes.

Para o ex-árbitro, “enquanto não se encontrar uma alternativa que seja segura e fidedigna”, não será possível a comunicação entre o árbitro e o VAR quando o sistema falhar, como aconteceu no jogo do FC Porto com o Vitória de Guimarães, entre os 15 e os 45 minutos.

Avisar o árbitro pelo telemóvel “resolvia um grande problema”, mas iria criar um outro, talvez ainda maior.

“Repare no caricato que era termos um árbitro a receber uma instrução por telemóvel de um videoárbitro que nem lhe consegue passar as imagens para o relvado”, apontou o especialista.

Duarte Gomes elogiou ainda a atuação de Luís Godinho no dérbi, que “decidiu bem” no penálti de Rúben Dias sobre Montero, “o lance mais decisivo” do jogo entre Benfica e Sporting.

“A arbitragem não foi plena, não foi bem conduzida, mas felizmente não fará parte da história negra das arbitragens em clássicos ou em dérbis”, salientou.

O ex-árbitro lembrou que foi o primeiro dérbi de Luís Godinho e o Benfica ‘complicou’ logo no primeiro minuto.

“Ninguém quis ajudar. Logo aos 10 segundos, marca uma falta em que todo o banco do Benfica fica de pé a protestar. Ele percebeu aí o impacto do que é dirigir um jogo com esta dimensão e teve de aguentar esse peso pela primeira vez na carreira”, argumentou.

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