Desporto

FC Porto com cofres cheios, mas com um onze para reconstruir

Com a saída de Alex Sandro para a Juventus – o lateral-esquerdo vai jogar na Juventus, numa transferência que permite um encaixe de 26 milhões –, o FC Porto fica com os cofres ainda mais cheios. E Julen Lopetegui tem de repetir a missão da época passada: reconstruir uma equipa.

Fabiano, Danilo, Alex Sandro, Casemiro, Óliver, Ricardo Quaresma e Jackson Martínez. Sete jogadores que constaram no onze preferido de Lopetegui, na época passada, e que partiram de um clube com os cofres cheios.

O treinador espanhol até apontou um problema na baliza. E a solução encontrada foi mais do que uma solução: Casillas é o sonho de quase todos os treinadores. O problema de Fabiano nem se coloca.

Na lateral-direita, Maxi Pereira ameaça fazer esquecer Danilo (ainda que o uruguaio tenha o peso da idade) e lá na frente Aboubakar parece ser capaz de vestir a pele de matador. O futuro o dirá.

Imbula tem um selo de garantia que está muito além do seu preço. O médio foi caro, chega diretamente para o onze e Lopetegui não terá dúvidas.

Ricardo Quaresma também não deverá ser problema. O treinador do FC Porto tinha colocado o mago português numa segunda linha e Tello sempre pareceu ser a primeira opção (as lesões do médio espanhol abriram a ala a Quaresma). Ou seja, Tello entra também na principal equipa e há ainda Varela.

A saída de Alex Sandro também foi ‘premeditada’. Pinto da Costa contratou um potencial substituto ainda antes da saída do brasileiro: Aly Cissokho regressa ao Dragão com a escola toda.

Resta Óliver. A jovem promessa ainda não tem substituto à altura e o substituto à altura poderia ser o próprio Óliver. O problema é a qualidade do médio. Simeone, treinador do Atlético Madrid, não abre mão do talentoso jogador e o FC Porto terá de virar-se para outros alvos.

Falamos de problemas e soluções. Resta lembrar os cofres cheios. É que tanta transferência permitiu bater recordes de encaixes: mais de 100 milhões de euros entraram na ‘conta bancária’ azul e branca e outros milhões podem entrar, até porque há jogadores por colocar. Quintero, por exemplo.

A grande questão que se coloca é construir um novo onze. Julen Lopetegui tem massa humana – Danilo Pereira, Rúben Neves, Osvaldo, Hernâni, Helton (o fundamental e eterno Helton), Herrera, entre outros, assumem um leque de opções de inegável valor – mas vai ter de formar uma equipa, sem uma base criada.

Mas análises a plantéis a 20 de agosto parece prematuro, para o bem e para o mal. O FC Porto e os rivais pelo título vão certamente atacar o mercado. E há grandes jogadores que nem figuram na teoria da qualidade e que acabam por surpreender.

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