Mundo

Falta de avanços no desarmamento da Renamo ditou adiamento de sessão extraordinária

A Comissão Permanente da Assembleia da República de Moçambique indicou que a Frelimo evocou a falta de avanços no desarmamento da Renamo para pedir ao parlamento o adiamento da sessão extraordinária convocada para debater o pacote legislativo sobre descentralização.

O porta-voz da Comissão Permanente da Assembleia da República (AR) de Moçambique, António Amélia, disse na quinta-feira que a bancada da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), endereçou um pedido àquele órgão, solicitando o adiamento da sessão extraordinária, que devia ter-se iniciado na quinta-feira.

“A presidente da Assembleia da República recebeu um pedido da bancada parlamentar da Frelimo, solicitando um encontro para a apresentação de algumas questões antes da sessão extraordinária”, declarou António Amélia.

A bancada do partido no poder, prosseguiu, manifestou, no encontro com a presidente da AR, Verónica Macamo, inquietação com a ausência de progressos nas negociações em torno do desarmamento do braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).

António Amélia, que é também vice-presidente da AR e deputado pela Frelimo, assinalou que o partido no poder defende que a Renamo deve estar desarmada antes da realização das eleições municipais de 10 de outubro.

“As eleições devem ter lugar sem que nenhuma força concorrente seja detentora de armas”, afirmou Amélia, evocando a posição da Frelimo.

A sessão extraordinária tinha sido marcada para o debate da harmonização do pacote legislativo autárquico com as alterações introduzidas na lei fundamental do país em maio passado visando o aprofundamento da descentralização.

O aprofundamento da descentralização é visto como essencial para a manutenção da paz em Moçambique.

Em destaque

Subir