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Expulsão de maestro homossexual por padre revolta fiéis

A diocese de Coimbra decretou o afastamento do maestro do coro da igreja paroquial de Castanheira de Pera. Esta decisão está a gerar uma onde de indignação junto dos fiéis que garantem que a verdadeira razão por esta decisão centra-se no facto de João Maria, de 21 anos, “ter assumido uma relação homossexual”, segundo conta o Jornal de Notícias.

As autoridades eclesiais justificaram a decisão através de um alegado desvio de dinheiro e um insulto feito ao sacerdote.

Contudo, os fiéis estão do lado de João Maria, garantindo que tudo aconteceu desde que o jovem “assumiu uma relação homossexual”.

“Ele sempre foi um anjo branco, e há cerca de meio ano para cá passou a ser o demónio. Até o proibiram de dar catequese”, afirmou Piedade Oliveira, membro do coro São Domingos.

Em dezembro, o pároco José Carvalho impediu o coro de cantar na missa do galo, sem qualquer tipo de explicações. Perante esta situação, João Maria foi pedir satisfações ao padre que lhe terá dito que “ele era uma nulidade”.

O maestro apresentou uma queixa formal à diocese e, em fevereiro, o jovem foi chamado à casa episcopal onde lhe foi lida a “sentença”: informaram-no que estava “proibido de exercer o ministério da música sacra, por causa do desentendimento”.

“Eles podem dizer o que quiserem, mas sabemos que tudo tem a ver com a homossexualidade e eles arranjaram essa justificação para não serem acusados de homofóbicos”, acrescentou Piedade Oliveira.

O Jornal de Notícias contactou o padre Pedro Miranda, vigário-geral da diocese de Coimbra, que apenas disse que este “é um assunto interno da Igreja, que será tratado localmente e não pelos jornais”.

Os membros do coro São Domingos estão agora em protesto, numa luta pela justiça. O coro continua a assistir às eucaristias, vestidos de preto, sem cantar.

“É uma injustiça o que estão a fazer com o João”, afirmam.

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