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“Este vírus não foi nada democrático”, contesta Isabel Jonet

A presidente do Banco Alimentar (BA) discorda da ideia corrente de que o vírus que provoca a covid-19 foi “democrático”, dando exemplos concretos de como “os mais vulneráveis” foram também mais os afetados.

Em entrevista ao Público e à Renascença, Isabel Jonet começou por lembrar a telescola, que criou logo uma divisão entre as crianças de famílias com facilidades no acesso a computador e internet e as que não tiveram as mesmas possibilidades.

“Quando se diz que este foi um vírus democrático, não foi nada democrático”, garantiu a responsável do BA.

Se é verdade que o vírus tanto pode infetar ricos como pobres, também o é que estes últimos estão mais expostos ao contágio, quer por viverem em piores condições, quer por terem de utilizar os transportes públicos.

“Temos desde os feirantes aos higienistas, desde os motoristas de táxi a ‘personal trainers’, empregadas domésticas, setor cultural”, exemplificou.

Insistindo que o Estado tem de ajudar estas famílias mais vulneráveis, Isabel Jonet alertou para a explosão de “bolsas grandes de pobreza” em regiões como Lisboa, Setúbal, Grande Porto e Algarve.

“Uma situação conjuntural de pobreza como esta tem que ter medidas excecionais”, concluiu.

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