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“Estamos a fazer dos polícias os maus da fita e a premiar os bandidos”, acusa Ventura

Cabeça de lista da coligação Basta critica a condenação de agentes da esquadra de Alfragide, sete dos quais por crimes de agressões e sequestro. “Estamos a fazer dos polícias os maus da fita e a premiar os bandidos”, acusa André Ventura.

O caso da Cova da Moura levou uma juíza do Tribunal de Sintra a uma sentença inédita, nesta segunda-feira, de condenar oito dos 17 agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) da esquadra de Alfragide a penas de prisão.

Em causa, estão crimes de agressão e sequestro, sendo que oito agentes foram condenados (sete com penas suspensas e um com um ano e seis meses de prisão efetiva).

Além das condenações, o tribunal determinou uma indemnização às vítimas, sendo que num dos casos há um agente que tem de pagar 50 mil euros.

André Ventura considera que, com esta sentença, o tribunal faz dos polícias “os maus da fita”, ao mesmo tempo que está “a premiar os bandidos”.

“Esta foi uma segunda-feira negra, com a condenação de vários polícias da esquadra de Alfragide. Da leitura da sentença, no Tribunal de Sintra, parece resultar a insensibilidade do tribunal para a dificuldade do trabalho da polícia em algumas zonas e bairros mais sensíveis”, enquadra, em declarações ao PT Jornal.

Para André Ventura, “não se pode fazer o mesmo julgamento à atuação policial na praia da Comporta e na Amadora ou na Quinta da Fonte”.

No entendimento do líder da coligação Basta, “esta decisão vem fragilizar ainda mais os polícias”.

“É tirar-lhes o tapete. Qualquer dia não temos nenhum agente de autoridade que aceite atuar com firmeza em situações se conflitualidade social grave”, aponta ainda.

Na sentença, a juíza deixou cair crimes de racismo, apesar de terem sido dadas como provados insultos como “preto”, ou afirmações como “ainda por cima és pretoguês”, terá dito um dos réus, segundo o jornal Público.

Também o crime de tortura não foi considerado, não obstante o tribunal ter considerado provado que um agente disse, ainda segundo o mesmo jornal, “então não morreste? Agora vai-te dar um que vais morrer”.

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