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Empresário dos EUA suspeito de desviar apoios da covid-19 para comprar Lamborghini e bens de luxo

Um empresário está a ser investigado, nos EUA, por alegadamente ter desviado os apoios que recebeu do Estado, para enfrentar a pandemia de covid-19, para comprar um Lamborghini e outros bens de luxo.

De acordo com a acusação, citada pelo influente The New York Times (NYT), David T. Hines cometeu os crimes de burla ao Governo, fraude, falso testemunho a entidade bancária e transação de fundos obtidos de forma ilícita.

O empresário, de 29 anos e natural de Miami, na Flórida, arrisca uma pena que pode chegar aos 70 anos de prisão.

Em abril, David T. Hines uma candidatura (a primeira) ao Paycheck Protection Program, um programa criado pelos EUA para apoiar as empresas face às quebras provocadas pela pandemia.

Nessa candidatura, o empresário declarou ter quatro empresas, com 70 funcionários, que teriam despesas mensais superiores a quatro milhões de euros.

Em maio, o Governo atribuiu um apoio superior a 4,2 milhões de euros. Por essa altura, já o empresário apresentava nova candidatura ao programa.

Nas contas das autoridades, David T. Hines pediu ao Governo um apoio superior a 14 milhões de euros.

Só que esta verba, segundo a acusação, citada pelo NYT, foi gasta na compra de um Lamborghini Huaracán, adquirido oficialmente por uma das empresas apoiadas, num valor de valor de 320 mil euros.

Os apoios para as empresas foram também usados, no entender da acusação, para a compra de jóias (9000 euros), roupas de marcas conceitudas (5000 euros) e estadias em hotéis (7000 euros).

Isto quando uma auditoria feita pelas autoridades norte-americanas concluiu que as despesas mensais das quatro empresas de David T. Hines não chegam aos 200 mil euros.

O empresário recusou pronunciar-se sobre o caso, embora o advogado tenha referido que David T. Hines “está ansioso por contar a sua versão dos factos”.

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