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Durão Barroso sob investigação

O Parlamento Europeu aprovou uma audição a Durão Barroso, o ex-presidente da Comissão Europeia (CE) suspeito de andar a fazer ‘lobbying’ pelo banco de investimento Goldman Sachs.

Em causa está um encontro ‘secreto’ entre o português e Jyrki Katainen, o finlandês que é vice-presidente da CE.

A reunião decorreu a 25 de outubro de 2017, mas nada constava no registo oficial dos encontros do comissário europeu do Emprego, Crescimento, Investimento e Competitividade.

“Não tenho o hábito de tirar notas nas reuniões e também não tirei nesta, por isso é que não existem documentos deste encontro”, justificou-se o ex-primeiro-ministro da Finlândia.

Só após um artigo do jornal Político é que foi acrescentada a referência ao Goldman Sachs. No entanto, o nome do representante do banco – Durão Barroso – continuou omitido.

Hoje, o Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde (GUE), bancada europeia à qual pertencem os portugueses BE e PCP, propôs a audição a Durão Barroso, o presidente não-executivo de um banco implicado na crise financeira de 2008 (cujos efeitos ainda persistem).

No entender dos eurodeputados, o banqueiro do Goldman Sachs beneficia de um “acesso privilegiado” aos principais líderes políticos da Comissão Europeia, organismo ao qual presidiu entre 2004 e 2014, do qual se aproveita para exercer pressão (‘lobbying’) em prol do banco

A proposta de audição a Durão Barroso recebeu 241 votos a favor, 133 contra e oito abstenções.

A reação do ex-primeiro-ministro surgiu através de uma fonte anónima, que classificou o caso como “uma sacanice“, em declarações ao Observador.

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