Desporto

Das rescisões dos jogadores às críticas generalizadas de Bruno de Carvalho

Numa conferência que durou cerca de duas horas, Bruno de Carvalho queixou-se da comunicação social, afastou o cenário de rescisões de contratos por parte de jogadores e lançou várias críticas, nomeadamente a Marta Soares e a José Maria Ricciardi.

Com mais de uma hora de atraso, Bruno de Carvalho surgiu na sala de conferências de Alvalade com vários jornais debaixo do braço para, em longas declarações, comentar os recentes episódios que se têm sentido no seio do Sporting.

Entre as várias ideias sublinhadas, o líder do Sporting começou por criticar a comunicação social, falando num “total desrespeito pelo sentido das regras mais basilares da democracia” e “dos direitos humanos”.

“Esta campanha que se instalou, cuja comunicação social dá eco, chegou ao limite de, hoje, na capa do Expresso, se dizer – e estamos a falar de um jornal de referência – ‘Brunos de Carvalhos devem ser mortos à nascença’. Temos capas de jornais com caricaturas de mim com uma moca a dizer: ‘Bruno deu aval às agressões’. Outra que diz que os jogadores não querem o Bruno no Jamor. Outra que tentámos comprar atletas. Outra que faltam duas demissões para o Bruno cair. E mais e mais e mais e mais”, referiu.

A alegada vontade dos jogadores do Sporting em rescindir contrato foi também abordado por Bruno de Carvalho. O presidente leonino sublinhou o “brio e profissionalismo” dos atletas, mas afirmou que as agressões de terça-feira aconteceram, “involuntariamente”, por culta destes.

“Os jogadores não têm culpa. Não perceberam a dimensão do que se estava a passar. Não me alertaram porque eu perceberia a dimensão do que se estava a passar. Já o disse a[o presidente do sindicato de jogadores] Joaquim Evangelista, não pode haver qualquer tipo de rescisão a partir de um ato que involuntariamente saiu dos próprios jogadores”, disse.

“A teia de influências” de Ricciardi mereceu também críticas por parte de Bruno de Carvalho, que o acusou de ser o “estratega” deste “clima de terrorismo”. “Isto começou num golpe palaciano, com intervenção de Jaime Marta Soares, com apoio do nosso rival [Benfica]. Isto funciona com toda a teia de influência de José Maria Ricciardi e sus muchachos, de Jaime Marta Soares e sus muchachos, e com o nosso rival a aplaudir, porque está prestes a eliminar o seu pior inimigo, Bruno de Carvalho”.

Relativamente à invasão de cerca de 50 adeptos a Alcochete, o líder leonino admitiu que “se estivesse presente, estaria morto”, por havia de “defender os jogadores”.

Esta foi, de resto, uma ideia reforçada várias vezes por Bruno de Carvalho.

“Os jogadores não me disseram nada sobre ameaças. Não tenho responsabilidade nenhuma e só tenho pena que os jogadores não me tivessem dito o que se passou. Eu estaria lá. Para passarem por mim, tinha de sair de lá morto. Eu não tinha medo. Tinham de me matar para entrar e fazer o que fizeram”.

Por fim, o presidente do Sporting confirmou que não vai marcar presença na final da Taça de Portugal deste domingo, no Jamor, frente ao Desportivo das Aves, por “não estarem reunidas as condições de segurança necessárias”.

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