Clássicos deram espetáculo
Foi com uma corrida animada e indefinida até ao fim que se concluiu a La Leyenda 30 Jerez. Uma jornada da conceituada organização de automóveis antigos com a prova do Iberian Historic Endurance.
Emoção, tensão, lutas intensas e muita festa no final, que teve o brilho das corridas de sport de outros tempos e máquinas míticas como o Ford GT40 ou o Porsche 911 S em ação.
Foram vários os protagonistas, numa sessão cheia de reviravoltas e ultrapassagens, mas em que o desportivismo e o respeito em pista prevaleceram.
Francisco Albuquerque, favorito à partida, não chegou a arrancar devido a problemas de transmissão no seu carro. Perante este acontecimento, várias formações se alistaram para subir ao primeiro posto.
Bastos Rezende/Pais do Amaral assumiram o comando já depois de se terem superiorizado a Jorge Lopez, que se atrasou após pião. No entanto, também a dupla lusa teve problemas no Porsche e Lopez, que já se tinha resignado à segunda posição, subiu a primeiro na derradeira volta para vencer esta emocionante corrida.
Nos H1965, Carlos Barbot, em Lotus Elan 26R, capitalizou com a vitória, o abandono de Francisco Albuquerque depois de se terem ultrapassado mutuamente enquanto estiveram os dois em prova. Nos H1971, a discussão foi renhida mas Francisco Pinto impôs o seu BMW 2002 numa categoria muito eclética. Na competição reservada aos modelos com motores até 1300cc, Muset Lara/Bellmont tiveram a melhor estreia possível e assumiram a liderança do Index Performance Cuervo y Sobriños.
No segundo confronto do fim-de-semana as equipas convidadas, uma proveniente da Colômbia, Botero/Orjuela e a outra formada por Briones (Chile)/Horm (Alemanha), andaram sempre na discussão pelo primeiro lugar, com várias trocas de posições.
A estas juntaram-se os Porsche de Jorge Lopez, de Bastos Rezende/Pais do Amaral e de Zorrilla/Moreno que, até à troca de pilotos, andaram sempre muito próximos uns dos outros e protagonizaram ultrapassagens vistosas. Além deste quinteto, Francisco Pinto também se imiscuiu na “guerra” durante as primeiras voltas. Mas perdeu o contacto e acabou por fazer a sua própria corrida.
Já na segunda metade da prova, Briones/Horm estabilizaram na frente e foram os primeiros a ver a bandeira de xadrez. Contudo, uma penalização relegou-os para segundo e deu a vitória, entre os convidados, a Botero/Orjuela. Nos H1976, Jorge Lopez voltou a ser o mais feliz. Ficaram a três segundos numa corrida de 50 minutos. Zorrilla/Moreno completaram este pódio.
Francisco Pinto voltou a ser o melhor dos H1971 com o BMW com a original decoração branca e verde, depois do triunfo alcançado na véspera. O português protagonizou um duelo intenso com o Lotus Elan de Carlos Barbot até este ser forçado a parar. Assim, foi acompanhado no pódio por Gutierrez/Steuer, que ficaram em segundo, e por Miguel Vaz e Fernando Soares, que chegaram ao terceiro posto com o agressivo Datsun SSS.
Teves Costa e Formosinho Sanchez destacaram-se entre os H1965, não sem antes terem réplica de Luís Sousa Ribeiro. O piloto do Ford Cortina voltou ao pódio, tal como na corrida de sábado. António Torres da Silva, fechou o pódio nesta categoria.