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Holanda: Polícia já tem águias para caçar drones infratores

A notícia avançada pelo PT Jornal em fevereiro foi agora reforçada pelas autoridades da Holanda. A polícia vai usar águias para ‘deter’ os drones que sobrevoem áreas proibidas.

Foi no início de fevereiro, quando os responsáveis de vários aeroportos se queixavam de uma crescente interferência de drones civis no espaço aéreo, que o PT Jornal revelou que a polícia holandesa estava a testar o uso de águias para ‘caçar’ esses dispositivos.

Agora, é oficial: a polícia holandesa vai ser a primeira a patrulhar o espaço aéreo de acesso restrito com aves de rapina.

“É uma solução ‘low-tech’ para um problema ‘high-tech’”, resumiu Dennis Janus, porta-voz da polícia holandesa, citado pela AFP.

Recorrendo a uma empresa especializada no treino de aves de rapina como ‘ferramentas’ de segurança, a polícia pretende que as águias ‘cacem’ os drones que estejam a ser operados nas proximidades dos aeroportos.

O recurso às aves de rapina tem vantagens sobre as alternativas mais imediatas, como disparar contra os aparelhos telecomandados (abatendo-o a tiro) ou anular o sinal de controlo para que caísse.

Em ambos os casos, a queda do drone poderia provocar danos, o que não acontece se o aparelho ficar ‘detido’ nas garras de uma águia.

“As águias veem os drones como presas e intercetam-nos em voo para depois pousarem onde se sentem seguras, com os drones entre as garras”, explicou o mesmo porta-voz: “Ainda não encontramos outra solução para interceptar drones, mas continuamos a explorar várias possibilidades”.

Este ‘esquadrão com penas’ vai também ser ativado em situações especiais, como eventos com figuras políticas, como uma visita de Estado.

Em resposta às críticas de alegados maus-tratos às aves, Dennis Janus salientou que “nenhuma das águias ficou ferida” ao longo dos vários meses de teste, além de que “nenhum dos drones sobreviveu”.

Embora esteja a recorrer a águias de uma empresa especializada, a polícia holandesa está a criar aves e já tem alguns ‘agentes’ com 5 meses de idade, que devem entrar ao serviço em 2007.

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