Insólito

Chefe ganha 50 mil euros anuais há uma década, mas nunca trabalhou

Um trabalhador ocupa um cargo de chefia há uma década, mas nunca trabalhou. Anualmente, tinha um rendimento de 50 mil euros e deslocava-se diariamente ao local de trabalho… para picar o ponto.

Carles Recio é protagonista de uma história bizarra, contada pelo El Mundo. Trata-se de um trabalhador espanhol, que exerce um cargo de chefia no Arquivo Geral e Fotográfico de Valência, com um rendimento elevado: 50 mil euros por ano.

“Trabalhador” é força de expressão, já que Carles nunca moveu uma palha, no seu serviço. Porém, diariamente deslocava-se ao posto de trabalho, somente para picar o ponto.

Todos os dias, às 7h30, comprovava a presença, mas não ficava no local. Saía e regressava às 15h30, para voltar a picar o ponto.

De acordo com aquele jornal espanhol, Carles Recio foi nomeado para a Unidade de Atuação Bibliográfica no dia 7 de março de 2006. Recebeu o posto, mas nada mais. Nem uma secretária, nem um computador, nem um local onde pudesse exercer o cargo de chefia.

Tinha a seu cargo a supervisão de diversas atividades, desde exposições, publicações ou parcerias entre bibliotecas daquela cidade espanhola. Também teria de fazer a verificação de fundos bibliográficos.

Porém, além de picar o ponto, Carles nunca fez nada do que lhe foi confiado. O El Mundo confrontou este chefe com a descoberta e a resposta foi curiosa: argumentou que está a desenvolver projetos no exterior.

Alega dever de confidencialidade para não dar mais explicações. E deixa no ar uma promessa: um dia tornará pública a razão pela qual foi nomeado para o cargo, no Arquivo Geral e Fotográfico de Valência.

Neste momento, o dedo indicador está apontado num sentido: Fernando Giner. Em 2006, era o presidente da região de Valência e foi quem nomeou Recio.

Em destaque

Subir