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Campanha do Facebook ajuda jovens a usar plataformas digitais

O Facebook e a plataforma MiudosSegurosNa.Net lançam em Portugal a campanha ‘Pensa Antes de Partilhar’, com o objetivo de oferecer aos jovens, pais e educadores os conselhos e ferramentas necessários para os ajudar a aumentar a sua proteção online.

‘Pensa Antes de Partilhar’ é uma campanha desenhada para orientar os jovens, bem como os pais e educadores, sobre como melhorar a sua proteção e segurança em ambientes digitais.

A iniciativa tem como base os resultados do estudo “Os Jovens Portugueses e o uso das plataformas sociais na Internet”, que analisa os hábitos e comportamentos dos jovens entre os 14 e os 18 anos.

Alguns dos aspetos que foram tidos em conta neste estudo centram-se no uso que fazem da Internet, como gerem a sua presença online ou que estratégias utilizam perante situações incómodas.

Através do guia ‘Pensa Antes de Partilhar’, o Facebook e a MiudosSegurosNa.Net disponibilizam conselhos aos jovens para que partilhem dados de forma responsável.

A Internet é um dos meios de comunicação mais recorrentes e naturais para os jovens que se ligam à Internet principalmente a partir de dispositivos pessoais. De acordo com o inquérito, os jovens portugueses acedem à Internet maioritariamente através do telemóvel (85 por cento) e do tablet (64 por cento) e são mais ativos à medida que crescem, sendo os de 17 e 18 anos os que mais atividade têm, com uma média de 3,5 contas em plataformas sociais.

Apenas cinco por cento dos jovens inquiridos afirma ter enfrentado situações incómodas em alguma das plataformas sociais no último ano e, desses, só 1,5 por cento considerou ser um problema sério. Nestes casos, a primeira opção dos jovens seria pedir ajuda, especialmente aos pais, amigos e às autoridades.

A campanha é baseada nos resultados de um inquérito realizado a mil jovens portugueses com idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos e que permitiu analisar os seus comportamentos online.

Apesar de apenas um terço dos jovens assumir que recebe informação sobre as ferramentas de privacidade (22 por cento foram informados pelos pais, 10 por cento por outras pessoas e dois por cento pelos professores), este é um tema pelo qual se interessam e onde são muito ativos.

A esmagadora maioria dos jovens inquiridos (oito em cada 10) já utilizou a configuração de privacidade para bloquear alguém, principalmente as raparigas (85 por cento).

No que diz respeito à partilha de passwords, metade afirma que nunca as partilharia e a outra metade partilharia com os pais (54 por cento), com o melhor amigo ou com o namorado(a) (ambas com 34 por cento).

Juntamente com a privacidade, os jovens preocupam-se com os conteúdos partilhados, conscientes de que certos comentários ou fotos podem ser inapropriados e podem mesmo magoar alguém.

Também têm em conta quem vê os seus conteúdos e tentam que sejam adequados à sua audiência.

A quase totalidade dos jovens inquiridos (94 por cento) considera que não é correto publicar uma foto negativa ou embaraçosa de alguém e 69 por cento acha que o correto é perguntar sempre antes de publicar imagens de outras pessoas, mesmo que essas imagens sejam boas.

Para a maioria dos jovens que usam o Facebook é claro como devem atuar no caso de receberem comentários desagradáveis. 72 por cento tentaria resolver o problema sozinho contactando a pessoa que tivesse publicado esse conteúdo e em 50 por cento das situações pediria ajuda a alguém. Neste sentido, mais de metade dos jovens já alguma vez pediu a alguém que apagasse um conteúdo sobre si.

“Este estudo demonstra que os jovens se preocupam cada vez mais com a privacidade, mas também prova que, às vezes, em certos momentos ou sem dar conta, podem partilhar conteúdos prejudiciais para outras pessoas e gerar situações indesejadas. É importante que unamos esforços para continuar a ajudá-los a fazer um uso cada vez mais responsável da Internet”, diz Natalia Basterrechea, responsável de Public Affairs do Facebook para Portugal.

Tito de Morais, fundador e responsável pela plataforma MiudosSegurosNa.Net considera que “para os adolescentes, a Internet é o seu habitat natural e este estudo vem revelar que sabem gerir a sua presença neste meio”.

“É importante termos em conta a participação social dos jovens e o seu poder neste meio, que é um espaço de experiência vital para eles. Destacaria a capacidade que têm em discriminar as diferentes situações que lhes são colocadas, apoiando-se em adultos sempre que consideram necessário.  Ainda assim, devemos continuar a enfatizar as ferramentas que têm à sua disposição”, conclui.

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