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Cameron avisa Assange: Com ou sem ONU, mandado de prisão é para cumprir

Julian_Assange_900O fundador do Wikileaks contestou o mandado de prisão junto das Nações Unidas, admitindo entregar-se se a ONU validar o documento. Mas o primeiro-ministro do Reino Unido deixou o aviso: Julian Assange será preso assim que sair da embaixada do Equador em Londres.

As Nações Unidas vão revelar amanhã se o mandado de prisão sobre Julian Assange, solicitado pela Interpol devido a alegados crimes sexuais na Suécia e contestado pelo fundador do Wikileaks, é válido ou não.

Na véspera da ONU se pronunciar sobre o recurso de Assange, que defendeu estar a ser vítima de ilegalidade e arbitrariedade por parte da Justiça sueca, o primeiro-ministro do Reino Unido deixou um aviso.

E que tem o Reino Unido a ver com o assunto? É que desde 2012 que Julian Assange, procurado pela polícia sueca, se encontra refugiado na embaixada do Equador, em Londres.

David Cameron foi bem claro na mensagem: assim que o jornalista e ativista australiano pisar solo britânico (ou seja, assim que deixe a embaixada equatoriana) será preso e extraditado para a Suécia, que o quer prender para o interrogar sobre os crimes sexuais de que está acusado.

Mas Julian Assange insiste que essas acusações foram encenadas pela Justiça dos EUA. E que têm os Estados Unidos a ver com a Suécia, a embaixada do Equador, o Reino Unido e o mesmo Assange?

É preciso recuar ainda mais no tempo para lembrar que, em 2010, o Wikileaks (fundado por Assange em 2006) revelou uma série de documentos classificados que envolviam sobretudo as agências militares e diplomáticas dos EUA.

Ao recorrer para a ONU, o jornalista e ativista australiano alegou que está a ser vítima de uma perseguição montada pelos EUA, com o apoio da Suécia (e do Reino Unido), embora tenha revelado que se vai entregar se as Nações Unidas reconhecerem o mandado de captura emitido pela Interpol.

De acordo com a BBC, a ONU vai considerar que o mandado de captura é ilegal, mas Cameron deixou o aviso: se Julian Assange deixar o Equador (a embaixada do país em Londres) será preso de imediato e extraditado para a Suécia.

E daí para os EUA, insiste o mesmo Assange, onde será julgado por traição e divulgação de informação confidencial.

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