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O calvário de Alejandro Martins

Tendo ganho a Baja TT do Pinhal em 2017, Alejandro Martins tinha legítimas aspirações a vencer a prova de abertura do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno. Todavia as coisas acabaram por não ter o melhor desfecho para o piloto da Toyota Hilux.

Alejandro Martins e o seu navegador José Marques foram traídos pela mecânica da sua ‘Pick-up’. Um problema que o piloto acredita poder ser evitado: “Tudo começou no prólogo onde estávamos a fazer um tempo muito equivalente ao do João Ramos antes de uma ligeira saída nos ter levado a embater numa árvore. Saímos da situação com alguma dificuldade e apesar de me ter apercebido que algo estava diferente, naturalmente para pior, na nossa Toyota, os 43s perdidos não colocavam em causa as nossas ambições de continuar a fazer uma boa corrida já que correspondiam a uma sexta posição e o troço seguinte tinha apenas 75 km. Como sempre o faço transmiti o que tinha acontecido e como estava a sentir o carro”, explica Alejandro Martins.

Fotos: AIFA

O piloto ficou desagradavelmente surpreendido quando se apercebeu duas horas mais tarde que “a Toyota continuava com um comportamento extremamente deficiente”, e sublinha: “Tive a indicação que estava a fazer o segundo tempo e continuei a aplicar-me ao máximo para tentar perder o menor tempo possível até ao final do troço”.

Mas o drama da equipa agravou-se substancialmente quando a Toyota encontrou enormes dificuldades em superar um gancho tendo nessa operação sido gastos longos minutos para desespero de piloto e seu navegador. Mais do que as duas posições perdidas, foram os 8 minutos gastos numa situação anómala que deixaram a formação extremamente preocupada.

Se os minutos perdidos não poderiam ser esquecidos a expectativa de um tempo mais alargado de assistência no final da primeira etapa para resolver de vez o ou os problemas indicados pelo piloto e que estivessem a afetar o andamento da Toyota, animava a equipa. O facto de a prova estar a ser disputada em pistas molhadas e sem o pó que normalmente dificulta as ultrapassagens, a perspetiva de disputar a segunda etapa em condições normais era pelo menos desprovida de menos um handicap.

“Infelizmente o ânimo cedo se esgotou quando me apercebi que os problemas continuavam e pior que isso, quando não conseguimos superar uma subida que todos os carros que vinham atrás de nós, com maior ou menor dificuldade, iam conseguindo superar. Não foi difícil perceber o que estava a passar. Apesar dos nossos reparos estávamos sem tração dianteira desde o prólogo. A partir daqui nada havia mais a fazer. Havemos de regressar com redobrado animo. Sabemos que temos andamento para lutar pelas primeiras posições e porque não ambicionar repetir uma vitória. Assim tudo esteja a funcionar nas melhores condições” salientou o piloto, que agora aponta ‘baterias’ para a próxima prova, a 7 e 8 de abril no Algarve.

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