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Brasil terminou 2018 com 12,2 milhões de desempregados

O Brasil terminou o ano de 2018 com 12,2 milhões de desempregados, equivalente a uma taxa de desemprego no último trimestre de 11,6 por cento, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda segundo o IBGE, com o registo do quarto trimestre, o Brasil fechou o ano de 2018 com uma taxa média de desemprego de 12,3 por cento, uma ligeira recuperação, de 0,4 pontos percentuais, face aos 12,7 por cento de 2017.

“A pesquisa revelou que foram 12,8 milhões de pessoas desocupadas, em média, no ano passado, [média de 2018] 3 por cento a menos do que em 2017. Porém, na comparação com o menor ponto da série histórica, quando atingiu 6,7 milhões de pessoas em 2014, houve um aumento de 90,3 por cento”, disse o IBGE.

Esta recuperação, no entanto, não foi acompanhada pelos indicadores de informalidade, que medem o número de pessoas que trabalham sem vínculo laboral, que atingiram o patamar mais alto da série histórica iniciada em 2012.

O número de trabalhadores sem contrato no setor privado em 2018 chegou a 11,2 milhões de pessoas.

Os trabalhadores por conta própria também alcançaram o maior nível na série histórica, somando 23,3 milhões de pessoas, pouco mais de um quarto do total da população ocupada no país.

“Esses números refletem uma tendência que vínhamos observando, do aumento da informalidade se opondo à queda na desocupação”, explicou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

“A taxa anual de desocupação, de 12,3 por cento, mesmo sendo um pouco menor que a de 2017, está muito acima do ponto mais baixo da série, de 6,8 por cento em 2014”, acrescentou o especialista.

Outro indicador destacado pelo órgão oficial de pesquisas do Brasil é o da população subutilizada na força de trabalho, que chegou a 27,4 milhões de pessoas em 2018, o maior valor da série histórica iniciada em 2012.

“Embora tenha havido redução no contingente de desocupados, nas demais medidas que compõem o indicador – subocupação, força potencial de trabalho e desalento – o quadro é de aumento, com os três indicadores no ponto mais alto da série histórica”, destacou Cimar Azeredo.

O aumento da informalidade influenciou, em parte, o crescimento nas atividades de serviços domésticos, retalho, alimentação, transporte e outros serviços.

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