Mundo

Bolsonaro quer juiz Sérgio Moro para ministro da Justiça

O Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, revelou na segunda-feira, na sua primeira entrevista após a eleição, que pretende convidar o juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, para ser ministro da Justiça ou para o Supremo Tribunal Federal(STF).

Bolsonaro, em entrevista ao canal televisivo Record, informou que em breve vai conversar com o magistrado federal, que mora em Curitiba, no estado do Paraná, mas não adiantou quando será o encontro.

O recém-eleito Presidente destacou ainda que o seu governo terá uma “conversa harmoniosa” com o sistema Judiciário, tendo afirmado que já conversou com o atual presidente do STF, Dias Toffoli, e que terão um novo encontro, segundo a Agência Brasil.

Um dos processos da Operação Lava Jato, conduzida pelo juiz Sérgio Moro, levou à condenação a pena de prisão do ex-Presidente Lula da Silva (PT) e ao seu afastamento da corrida presidencial deste ano.

Bolsonaro afirmou também que irá visitar o presidente Michel Temer para agradecer as felicitações que recebeu: “Será a primeira pessoa que irei procurar”, disse.

De acordo com o político da extrema-direita, os dois meses finais do governo Temer serão da “mais perfeita harmonia”.

Nos próximos dias, Jair Bolsonaro deverá confirmar o nome do astronauta e major da reserva Marcos Pontes para o Ministério da Ciência e Tecnologia, adiantou o próprio em entrevista.

Até ao momento já foram confirmados os nomes do deputado federal Onyx Lorenzoni para ocupar o ministério da Casa Civil, o general da reserva Augusto Heleno para a Defesa e o economista Paulo Guedes para a pasta da Economia.

O candidato do Partido Social Liberal (PSL, extrema-direita) Jair Messias Bolsonaro, 63 anos, capitão do Exército reformado, foi eleito no domingo, na segunda volta das eleições presidenciais, o 38.º Presidente da República Federativa do Brasil, com 55,1 por cento dos votos.

De acordo com os dados do Supremo Tribunal Eleitoral, Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT, esquerda), conquistou 44,9 por cento dos votos, com o escrutínio provisório (99,99 por cento das urnas apuradas) a apontar para 21 por cento de abstenção do total de eleitores inscritos (mais de 147,3 milhões).

Em destaque

Subir