Desporto

Benfica bate recorde de receitas no ano do tetracampeonato

O Benfica comunicou à CMVM informação económica e financeira consolidada relativa ao exercício findo a 30 de junho. No ano do tetracampeonato, a SAD bateu um recorde, no que diz respeito a lucros: 44,5 milhões de euros, o que equivale a mais 118 por cento do que no exercício anterior.

Numa altura em que a equipa apresenta maus resultados desportivos, surgem bons indicadores financeiros, o que pode, paradoxalmente, aumentar o descontentamento dos adeptos.

Primeiro, os números. Na temporada 2016/17, a época do tetracampeonato, o clube bate recordes, com um lucro de 44,5 milhões de euros.

Segundo nota enviada ao regulador, que pode consultar aqui, as receitas totais atingiram os 253,5 milhões, sendo que 123 milhões resultam da transferência de atletas.

“Os rendimentos totais (incluindo transações de direitos de atletas) atingem os 253,5 milhões de euros, o que representa um aumento de 19,7% face ao período homólogo e ultrapassa a barreira dos 250 milhões de euros, sendo esta evolução principalmente explicada pelo crescimento dos rendimentos com transações de direitos de atletas e das receitas de televisão”, lê-se, no comunicado.

O Benfica apresenta ainda custos operacionais de 168 milhões, sendo que 74,7 milhões correspondem a salários.

O ativo situa-se agora nos 506,1 milhões de euros, enquanto o passivo desce para 438,3 milhões.

“O ativo consolidado da Benfica SAD ascende a 506,1 milhões de euros, o que significa que atinge valores históricos ao ultrapassar, pela primeira vez, a barreira dos 500 milhões de euros, facto inédito no panorama do futebol português”.

As contas foram apresentadas antes do previsto, numa altura em que os adeptos questionam a política de contratações do clube. E se os lucros são elevados, resta explicar o desinvestimento no plantel principal.

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