Insólito

Autarca brasileiro trabalha quatro dias num ano e ganha 2500 euros por mês

A população do Desterro, no Brasil, não se importou que o autarca Didi tenha pedido a terceira baixa de seis meses seguida. A raiva começou a surgir quando se soube que só trabalhou quatro dias em 2017, mas recebendo um salário mensal de 2500 euros.

Dilson de Almeida, mais conhecido por Didi, trabalhou nos primeiros quatro dias após a tomada de posse, em janeiro de 2017. Depois, apresentou uma baixa médica, por seis meses.

A autarquia do Desterro passou a ser gerida pelo vice-presidente, Valtércio de Almeida. Até que, quando a baixa terminou, Didi apresentou outra… válida por seis meses.

Aí, a população começou a desconfiar. Até porque Vavá, o vice-presidente, é primo do presidente ausente.

Didi, no entanto, não estava em condições de gerir o Desterro. Sofria, de acordo com o atestado médico, doenças como pré-diabetes, síndrome do intestino irritado, colite, esofagite e stress intenso.

No início deste ano, a segunda baixa caducou. E o presidente da Câmara apresentou mais uma, válida por… seis meses.

O problema é que, pela mesma altura, os serviços da autarquia prestaram contas ao Tribunal de Contas do Estado.

Soube-se então que o presidente que trabalhou apenas quatro dias em todo o ano de 2017 foi recebendo um salário mensal de 10 mil reais, quase 2500 euros.

Didi garante que não, que nunca viu esse dinheiro. Mas os valores foram indicados pelos serviços do município ao qual preside (ou deveria presidir…).

Com o rebentar do escândalo, foi revelado que o presidente doente vive afinal em São José do Egito, a 40 quilómetros do Desterro e que fica já noutro estado (Pernambuco).

É em São José do Egito que a família do autarca gere uma vasta (e lucrativa, segundo a imprensa local) rede de postos de combustível.

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