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“Alguém disse aos jornalistas o local onde ia ser feita a busca”, acusa advogado

As buscas da Operação Lex, que marcaram o dia de hoje, foram realizadas sob um intenso escrutínio mediático. “Alguém, a certa altura, diz qual é o local”, salientou António Jaime Martins.

Ao comentar as incidências da Operação Lex, na TVI24, o presidente do Conselho Regional de Advogados de Lisboa criticou as fugas de informação que terão origem nas próprias autoridades judiciárias.

“O grande falhanço é do meio judiciário. Que eu saiba, [os jornalistas] não têm uma bola de cristal. Alguém, a certa altura, diz qual é o local”.

“Se os órgãos de comunicação social, que estão a fazer o seu trabalho, estão à porta do local onde vai ser feita uma busca é porque alguém, que tinha acesso a elementos do processo, transmitiu para fora do processo esses elementos”, insistiu o advogado.

“Da defesa não são, porque chegam depois”, reforçou: “Os delegados da própria Ordem dos Advogados, que acompanha as diligências quando estão em causa buscas a escritórios de advogados, só sabem quando chegam ao local”.

António Jaime Martins recorreu à ironia: “Se calhar, os meus colegas da defesa saberiam mais do processo ligando a televisão do que lendo os despachos que estiveram na base das buscas que foram feitas”.

“A investigação comunica para o exterior o que está a investigar, muitas vezes cá fora sabe-se melhor do que lá dentro”, acusou o presidente do Conselho Regional de Advogados de Lisboa.

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