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“Ainda estamos longe” de ter o SNS sob pressão, garante Costa

O primeiro-ministro garantiu que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não está sob pressão, numa altura em que a ocupação de camas ronda os 66 por cento.

“Ainda não e felizmente estamos longe dessa situação”, reagiu António Costa, quando questionado diretamente sobre esse aumento na ocupação, durante a entrevista à TVI.

O governante avançou com números e salientou que, em caso de necessidade e “sacrificando outra doenças”, o SNS pode chegar às 900 camas para internamentos.

Muitos especialistas e parte da oposição tem criticado um “bloqueio ideológico” do Governo por não recorrer ao setor privado, para aumentar a capacidade de resposta neste contexto de pandemia, cenário rejeitado por António Costa.

“Temos procurado dar resposta àquilo que são as necessidades de reforçar os recursos do SNS”, contrapôs o primeiro-ministro, salientando que ao longo do ano foram contratados “mais médicos, mais enfermeiros, mais técnicos de diagnóstico e mais técnicos operacionais”.

Sobre as medidas possíveis perante o agravamento da pandemia, o governante salientou que não pode “excluir nenhuma medida”, como o recolher obrigatório, mas alertou que o confinamento “gerou quase 100 mil desempregados”.

“O custo social dessas medidas é imenso. Encerrar as escolas foi fundamental, mas ninguém tem dúvidas do custo que isso teve para as crianças. Quando encerramos os lares, foi uma violência brutal para os idosos. Na Páscoa, impedimos a circulação entre concelhos”, lembrou.

“Não há nenhuma previsão sobre o pico. Há uma coisa certa, a situação é grave. Não dispomos do confinamento geral, hoje é impensável. Tudo está dependente dos comportamentos individuais. Hoje já se sabe mais sobre o vírus do que em março, mas ainda há muita incerteza”, concluiu António Costa.

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