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Adolescente dá à luz em segredo e tenta matar bebé com lixívia

Uma adolescente britânica deu-se como culpada de forçar o filho, recém-nascido, a beber lixívia. Por ser islâmica, terá entrado em pânico com a gravidez, da qual manteve segredo. Livrou-se da acusação de tentativa de homicídio ao aceitar a acusação de crueldade sobre crianças.

O caso da jovem mãe acusada da tentativa de homicídio do próprio filho, a 10 de agosto do ano passado, aproximou-se hoje do fim com a arguida a aceitar um acordo, num tribunal de Londres.

A adolescente de 17 anos, cujo nome não foi revelado por ser menor de idade, estava acusada de tentativa de homicídio, mas o testemunho de dois especialistas levou o procurador a aceitar ‘baixar’ a acusação para crueldade sobre crianças.

O tribunal teve ainda em conta a idade e o enquadramento social da arguida, ainda citando o procurador Edward Brown.

A sentença será conhecida em agosto.

A 10 de agosto, logo após ter dado à luz um filho cuja gravidez manteve em segredo, a mãe deitou lixívia na boca do bebé.

O parto ocorreu num quarto de banho na casa dos pais da adolescente, tendo o caso sido descoberto por uma tia da arguida.

O bebé sobreviveu, após ser internado de urgência num hospital, mas ficou com queimaduras graves na boca e nos lábios.

Quantas gotas de lixívia?

Na sessão de ontem, a discussão centrou-se na quantidade de lixívia que a mãe terá usado para tentar matar o filho.

Philip Joseph, um dos psiquiatras que analisou a arguida, revelou que a mesma confessou “ter ficado em estado de choque” com o parto e, “em pânico, deitou ‘uma pequena quantidade’ de lixívia na boca do bebé, mesmo sabendo que era errado”.

Apesar da “reacção de extremo stress”, o especialista não considerou que tivesse ocorrido “insanidade temporária” por parte da arguida.

Alison Wenzerul, outro especialista ouvido como testemunha pelo tribunal, salientou que o “extremo stress” da arguida teve por base o facto de ela ser muçulmana.

“Não estaria em condições de julgar claramente o que deveria fazer com o bebé”, adiantou o psiquiatra, que recusou a alegação da adolescente de que teria sido “só uma gota” de lixívia.

“A gravidade das lesões na boca e nos lábios comprovam que terá sido mais do que uma gota. Porém, os escassos danos na garganta mostram que também não terá sido uma grande quantidade”, concluiu.

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