O balanço mais recente do acidente no porto de Génova, em Itália, identificou sete mortos, quatro feridos e dois desaparecidos. Uma gravação da caixa negra leva as autoridades a supor que o navio de 40 mil toneladas terá perdido a engrenagem antes de embater na torre de controlo.
O embate do cargueiro Jolly Nero contra uma torre de controlo do porto de Génova, anteontem à noite, provocou sete mortos, quatro feridos e dois desaparecidos. A mais recente atualização dos dados foi feita pelo ministro dos Transportes, Maurizio Lupi: “sete pessoas morreram, quatro ficaram feridas e duas estão dadas como desaparecidas”.
Apesar do governante ter estado no porto, não houve confirmação oficial de que um homem de 50 anos foi retirado com vida dos escombros, durante o dia de ontem.
Maurizio Lupi revelou que as autoridades investigam as três possíveis causas do acidente: uma falha no motor, um problema com os cabos utilizados pelos dois rebocadores ou a combinação de má direção com velocidade excessiva.
Contudo, a agência ANSA cita uma gravação da caixa negra que indicia a existência de uma avaria técnica, a qual impossibilitou o piloto de manobrar. Nessa gravação, o capitão questiona: “não há mais água, que está a fazer?” Na resposta, piloto terá dito “eu não tenho engrenagem”.
Certo é que foi “uma grande tragédia”, como resumiu o primeiro-ministro Enrico Letta, quando visitava os feridos no hospital, na companhia do arcebispo de Génova, Angelo Bagnasco. “Foi um golpe no coração”, complementou o também presidente da Conferência Episcopal de Itália.