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“A única estrutura que ganha eleições é a que leva uma reprimenda”, reage PSD Madeira

Os responsáveis do PSD Madeira não gostaram das referências constantes no Relatório de Gestão e Contas de 2019 do partido, que vai ser esta noite debatido pelo Conselho Nacional, em Olhão.

Fontes do PSD Madeira contactadas pela revista Sábado, e citadas sem identificação, não esconderam o desagrado pelas “interpretações” levantadas sobre algumas contas da estrutura madeirense.

“A única estrutura que ganha eleições no partido é a que leva uma reprimenda da sede nacional”, refere uma das fontes citadas pela revista.

A principal causa do desconforto é o saneamento financeiro do PSD Madeira, na maioria baseado numa renegociação da dívida junto da banca.

De acordo com os responsáveis madeirenses, o Relatório de Gestão e Contas dá a entender que foi ‘Lisboa’ quem liderou o processo, quando terá sido o próprio PSD Madeira a negociar com a banca.

Mais, segundo as fontes citadas pela Sábado: “Em Lisboa estiveram meses e meses para dar o aval à negociação”.

No documento consta, a negrito, um ‘recado’ para os sociais-democratas madeirenses, depois de ser referido que “a redução do passivo só não foi maior porque foi registado um aumento do passivo na gestão corrente do PSD Madeira no valor de 360 mil euros referente à organização do evento Chão da Lagoa”.

“Este facto deve merecer uma profunda reflexão por parte da estrutura regional do partido”, defende o relatório.

“Dizem coisas para impressionar os conselheiros. Mas somos autónomos e nós é que quisemos controlar as contas”, reagiu uma fonte do PSD Madeira.

O PSD alertou também a regional madeirense para a alegada ilegalidade no sistema de quotas, que difere do regulamento financeiro do partido.

“A única diferença é que as quotas são pagas numa conta do PSD Madeira e não numa conta nacional para depois serem entregues à Madeira”, contestou fonte regional, garantindo que “já não há pagamentos em dinheiro”.

De acordo com a Sábado, a direção do PSD Madeira enviou um email ao secretário-geral do partido, José Silvano, e ao secretário-geral adjunto Hugo Carneiro, a manifestar o desconforto pelo documento que vai logo a noite a análise no Conselho Nacional.

Ainda segundo a revista, José Prado, secretário-geral do PSD Madeira, recusou comentar o assunto.

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