Depois do fiasco da estreia do novo formato da qualificação da Fórmula 1 na Austrália, várias vozes se levantaram contra a ideia. E algumas, como as de Bernie Ecclestone (o ‘patrão’ da F1), Christian Horner (Red Bull) e Ron Dennis (McLaren) mostraram-se contrários.
Contudo depois de ter sido equacionado ao sistema que vigor na época passada, acabou por ser decidido que o novo formato se vai manter para o Grande Prémio do Bahrain, que se disputa dentro de uma semana.
O grande problema deste novo sistema é que, como se viu em Melbourne, na terceira qualificação a dada altura a concorrência à Mercedes preferiu não sair para a pista para poupar jogos de pneus para a corrida, deixando Lewis Hamilton e Nico Rosberg a discutirem a ‘pole position’ entre si.
Ao invés a primeira sessão de qualificação foi bem animada, com equipas como a estreante Haas e a regressada Renault a debaterem-se com sucesso para passarem à fase seguinte.
O sistema de eliminação a cada segundos após os primeiros minutos de cada sessão foi criado para criar mais suspense, mas muitos consideram que o resultado foi um autêntico flop.
A maioria dos chefes de equipa e o diretor de prova, Charlie Whiting, acordaram em dar uma nova ‘chance’ ao sistema na corrida de Sakhir, de modo a reavaliar o seu êxito.
Do lado dos pilotos, através da sua associação, GPDA, foi tomada uma posição de que algo é preciso para que a Fórmula 1 tenha mais credibilidade e futuro, sob pena de se condenar.
Numa entrevista ao jornal italiano Gazzetta dello Sport Bernie Ecclestone mostrou uma mudança de postura, dando o seu acordo ao novo sistema, justificando que ficou confuso com o mesmo e que contém variáveis que são difíceis de prever, como a Q3, mas considera que isso pode ser melhorado.