Renault admite começo terrível de temporada
Se no final do Grande Prémio do Bahrain o clima na Ferrari não era o melhor, então que dizer do vivido no seio da Renault, depois de, numa ‘assentada’, a equipa perder os seus dois monolugares devido a problemas mecânicos.
Parece existirem cada vez mais razões para Cyril Abiteboul, responsável da marca do losango para Fórmula 1, estar preocupado com a fiabilidade dos novos R.S. 19. E isto quando ambos os pilotos, Nico Hulkenberg e Daniel Ricciardo, estavam nos pontos e não muito longe da frente da corrida.
Mas a poucas voltas do final as sexta e sétima posições esfumaram-se no mesmo fumo que na altura saiu do Renault # 27 de Nico Hulkenberg. “Perdi toda a potência de repente e acabou. É verdadeiramente duro. Este desporto pode às vezes ser muito cruel. A equipa fez um bom trabalho ao nível da estratégia com duas paragens e por isso podemos retirar alguns pontos positivos desta prova”, afirmou o alemão não escondendo a sua deceção.
Ricciardo não estava menos desiludido: “Tive um problema com o MGU-K (sistema de recuperação de energia nas travagens) no final da corrida. Foi um fim de semana muito animado com muitos altos e baixos. Vou levar algum tempo a digerir isto”.
“O nosso andamento parecia competitivo de início, por isso optámos por uma estratégia de uma só paragem. Depois avançamos no meu primeiro turno e comecei a sentir o desgaste dos pneus. Teria sido melhor ter feito duas paragens. Para o final não conseguia defender-me daqueles que me atacavam”, referiu ainda o australiano.
Já Cyril Abiteboul reconhece que este duplo abandono não está à altura das ambições da Renault: “Depois de um inverno muito intenso a nossa época começou muito mal. Tal como em Melbourne as nossas qualificações no Bahrain foram bastante comprometidas por problemas eletrónicos menores que afetaram os dois carros”.
“Hoje a nossa corrida parou brutalmente tão perto do final. Já tínhamos tido estes problemas, mas não conseguimos corrigi-los no Bahrain. Este problemas são cada vez mais frustrantes e inaceitáveis, na medida em que os dois monolugares estavam a fazer prova de uma excelente competitividade, tanto numa só volta como em corrida”, acrescentou o chefe da Renault para a F1.
