Alberto João Jardim acaba de anunciar, através da página no Facebook que criou para concorrer às eleições presidenciais, que já não vai avançar para Belém. O ex-líder madeirense explicou que não quer “protagonizar quixotismos”.
“Embora como cidadão continue a lutar por aquilo que acho ser o melhor para o nosso País, mormente através dos meios a que tenha acesso, decidi não protagonizar quixotismos nas eleições presidenciais, apesar de, só na Madeira, ter reunido o volume necessário de apoios para apresentar a candidatura”, escreveu Jardim.
Num longo texto, o antigo governador da região autónoma da Madeira revelou que vai apoiar um outro concorrente da mesma área política: “Devo amizade e atenções ao Professor Marcelo Rebelo de Sousa, embora sejamos opostos na consideração do sistema político-constitucional que vem destruindo Portugal. Todavia confio na sua coerência com os valores que sempre nortearam a sua vida, confio na sua independência pessoal e científica, nas suas rigorosas concepções e práticas da doutrina social cristã, confio no seu conhecido distanciamento à política austeritária da direção do Partido a que pertencemos e na sua vontade de mudança”.
Ao deixar a corrida para Belém, Jardim fez questão de lembrar as várias propostas que defendeu desde que se posicionou como pré-candidato e explicou que o principal motivo se deve à falta de ação popular: “As pessoas não se envolveram a organizar as tais imprescindíveis estruturas de base”.
“Ou por causa do conformismo desgraçado que, com evidência, vai destruindo Portugal, ou por preguiça burguesa, ou por confessados e visíveis receios de represálias nos meios onde vivem, sobretudo vindas dos poderes de que esses cidadãos dependem, e apesar de tão maciço entusiasmo declarado às minhas propostas para mudar Portugal, as pessoas não se envolveram a organizar nos locais a minha estratégia para tornear os poderes que controlam a ‘informação’, a propaganda, as rotinas eleitorais e os protagonistas do costume”, argumentou o ex-líder madeirense.