Motociclismo

Mário Patrão em bom plano em etapa super maratona

Depois de um dia difícil Mário Patrão conheceu uma jornada positiva na primeira parte da supermaratona realizada ontem no Rali de Marrocos.

O piloto de Seia, que está integrado na equipa oficial da KTM, realizou o 23º tempo entre os 61 pilotos envolvidos na competição de motos deste evento pontuável para o Campeonato do Mundo de Todo-o-Terreno.

Naquela que deveria ter sido a única etapa com três setores seletivos, Patrão já não partiu para a derradeira especial, a mais pequena (72,3 km), pois foi anulada por questões de segurança. Ainda assim percorreu mais de 500 quilómetros. Mais de cinco horas em cima da KTM 450 Rally com que vai disputar o ‘Dakar’ 2020.

A condicionar o desempenho dos pilotos esteve também uma alteração ao nível dos ‘roadbook’, que ao contrário do que é habitual foram entregues pouco antes do arranque para a especial do dia e que, por isso, não permitiu o estudo prévio das notas, por forma a rolar com mais segurança e rapidez.

Pelo que Mário teve de adotar um ritmo cauteloso e mesmo assim teve de enfrentar um problema mecânico. E à chegada ao acampamento dava conta da forma como o dia lhe correu.

“Só tivemos contacto com o ‘roadbook’ 10 a 15 minutos antes de partir para a etapa, o que significa que ao contrário do habitual não conseguimos fazer um estudo prévio dos perigos e assinalá-los como achamos mais conveniente e até decorá-los, como muitas vezes acontece. A nossa cabeça já está formatada para estas situações e há muitos perigos e notas que acabamos mesmo por decorar”, contou o piloto português da KTM # 19.

Face às condicionantes Mário Patrão adotou uma estratégia diferente: “Tivemos de navegar à vista, o que aumenta o nível de insegurança e obriga a uma maior prudência no ritmo que se imprime. Os perigos aparecem na hora e é preciso fazer face a isso. Ainda relativamente a este assunto há outro fator: cada piloto tem a sua forma de marcar o ‘roadbook’ e está habituado ao seu método há anos”.

“Quando é entregue o documento com outras cores e marcado de outra forma, mesmo que se queira fazer alterações já não é possível, não há tempo. Depois já quando disputava o segundo setor cronometrado, a mota ficou sem o travão de trás, o que me obrigou a uma navegação mais cautelosa”, acrescentou ainda o piloto de Seia.

A quarta etapa da prova e a última em Erfoud disputa-se hoje e é composta por um total de 508,30 quilómetros dos quais 408,53 serão disputados ao cronómetro.

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