McLaren e Renault com relação frutuosa mas com interesses diferentes
A associação da McLaren à Renault parece ser um ‘casamento de interesses’ mas com objetivos diferentes. O êxito da equipa de Woking desde que tem os motores franceses parece evidente, ‘virando a página negra’ do último período conjunto com a Honda.
O responsável da marca francesa na Fórmula 1 fez agora questão de o deixar bem claro em Sochi, onde este fim de semana decorre o Grande Prémio da Rússia. Sendo que o atual chassis da McLaren tem batido ‘aos pontos’ (no sentido literal do termo) o da Renault, passando de penúltima equipa do pelotão, em 2017, a quarta melhor formação do atual pelotão da F1.
Cyril Abiteboul é o primeiro a lembrar a situação, mas numa perspetiva de chamar a atenção aos créditos do propulsor da Renault: “Depois do início da nossa colaboração a McLaren passou do nono ao quarto lugar no Campeonato de Construtores. Podemos por isso falar de uma relação frutuosa”.
“Projetando-se para lá do contrato atual, que vigora até 2021, parece que a Renault e a McLaren têm ambições diferentes para a sua relação. Todos os elementos competitivos desta decisão foram avaliados durante várias semanas, na medida em que a temporada de 2021 será uma época-chave para todas as equipas e é importante ter hoje uma visão mais precisa das forças e das ambições em presença”, enfatiza o líder da Renault Sport.
Abiteboul diz que a decisão tomada “é coerente com escolha da Renault em ser uma equipa completa, com ambição de futuro em regressar ao primeiro plano. A Renault continuará na próxima época a honrar os seus compromissos junto à McLaren, como sempre foi o caso na sua longa história de motorisadora”.