7 de julho, morre Guerra Junqueiro, o poeta republicano
Hoje é dia de recordar Guerra Junqueiro, o poeta de um talento inesgotável, nascido em Freixo de Espada à Cinta, formado em Coimbra, agraciado no Porto e que morre em Lisboa, a 7 de julho de 1923.
Guerra Junqueiro nasceu a 17 de setembro de 1850, em Freixo de Espada à Cinta.
Era filho de um lavrador abastado e ficou órfão de mãe aos 3 anos. Começou por estudar em Bragança, até que em 1866 matricula-se no curso de Teologia da Universidade de Coimbra. Transfere-se para o curso de Direito, depois de perceber que a teologia não era a sua área, e conclui a formação em 1873.
Começou a trabalhar como funcionário público e foi também secretário-geral do Governador Civil dos distritos de Angra do Heroísmo e de Viana do Castelo. Em 1878, Guerra Junqueiro é eleito deputado, por Macedo de Cavaleiros.
A sua carreira literária começou em Coimbra, no jornal literário ‘A Folha’, onde estabelece relações de amizade com alguns dos melhores escritores e poetas do seu tempo – o grupo conhecido por Geração de 70.
Guerra Junqueiro desde muito cedo revelou um notável talento poético. Em 1868, já era visto como um dos grandes valores da nova geração de poetas portugueses, graças a obras como ‘O Aristarco Português’, ‘Vozes Sem Eco’, ou ‘Baptismo de Amor’, este último com preâmbulo de Camilo.
Os seus trabalhos foram amplamente reconhecidos, em diversas obras que foi assinando, como o poema ‘A Morte de D. João’, de 1874.
Já com residência em Lisboa colaborou em jornais políticos e artísticos, colaborando com Rafael Bordalo Pinheiro. As mais valiosas composições poéticas de Guerra Junqueiro estão reunidas no volume ‘A Musa em Férias, publicado em 1879.
O conflito em Inglaterra sobre o ‘mapa cor-de-rosa’, em 1890, suscitou grande interesse em Guerra Junqueiro, levando-o a escrever o opúsculo ‘Finis Patriae’ e a ‘Canção do Ódio’.
Mais tarde, publica o poema ‘Pátria’, trabalhos que ecoaram na Literatura, descredibilizando as monarquias.
Junqueiro visita a Academia Politécnica do Porto e instala-se nesta cidade. Em 1908 é candidato do Partido Republicano pelo Porto e dois anos mais tarde é nomeado Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário da República Portuguesa junto da Confederação Suíça, em Berna, cargo que ocupou até 1914.
Na cidade do Invicta, é alvo de uma grande homenagem, em 1911. Em 1920, lança ‘Prosas Dispersas’, a derradeira grande obra. Guerra Junqueiro morreria em Lisboa, a 7 de julho de 1923.
Neste dia, em 1456, Joana d’Arc é absolvida. Tarde de mais: a mártir já tinha sido executada. Em 1497, parte de Lisboa a expedição à Índia de Vasco da Gama. No dia 7 de julho de 1865, Mary Suratt é enforcada: foi a primeira mulher a ser executada nos EUA.
Também a 6 de julho, mas em 1947, nasce em Roswell um dos maiores mitos sobre a queda de um disco voador, naquela cidade norte-americana. Roswell mantém-se como um dos maiores mistérios sobre óvnis, transformando-se numa atracão turística.
Pelé estreou-se na seleção brasileira de futebol a 7 de julho de 1957. O astro brasileiro contava, então, 16 anos. Veste a camisola do ‘escrete’ e sela o feito da melhor forma: marcou um golo à Argentina, no estádio Maracanã.
Em 2005, a capital inglesa Londres sofre uma série de atentados terroristas, com explosões em um autocarro e no metro. Exatamente dois anos mais tarde, ocorre em diversas cidades, simultaneamente, o Live Earth.
Também nestes dia e ano, Lisboa elege as Sete Maravilhas do Mundo.
A 7 de julho de 2009, decorre o funeral de Michael Jackson, no ginásio Staples Center.
E em 2012, o ‘News of The World’, tablóide britânico, fecha as portas após o escândalo de escutas telefónicas a personalidades feitas por jornalistas.
Nasceram neste dia Giuseppe Piazzi, astrónomo italiano (1746), Joseph-Marie Jacquard, inventor francês (1752), Camillo Golgi, médico italiano, Nobel de Medicina (1843), Gustav Mahler, compositor austríaco (1860), Marc Chagall, pintor surrealista francês (1887), Pierre Cardin, designer de moda francês (1922), e Ringo Starr, músico inglês, baterista dos Beatles (1940).
Morreram a 7 de julho o Papa Bento XI (1304), Giacomo Vignola, arquiteto italiano (1573), Henri Nestlé, fundador da Nestlé (1890), Guerra Junqueiro, político, deputado, jornalista, escritor e poeta português (1923), Sir Arthur Conan Doyle, escritor britânico criador de Sherlock Holmes (1930), Syd Barrett, fundador do Pink Floyd (2006), e Maria Barroso, fundadora do PS (2015).