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4 passos para transformar um conflito negativo num conflito saudável

Muitos empresários acreditam que o conflito representa uma dinâmica negativa nas empresas e que pode afetar as suas funções de liderança, pelo que tendem a evitá-los. Mas, na verdade, o confronto saudável pode ser um propulsor fundamental do sucesso organizacional.

O desafio passa, desde logo, por aprender a diferenciar uma discussão saudável de uma negativa e assumir, enquanto líderes e gestores empresariais, a construção de uma cultura de conflito saudável.

Como é que isso se faz? Há quatro passos essenciais.

“Como empresária e mentora de empresários, estou sempre a assistir a esta situação: proprietários bem-intencionados que só veem o conflito de forma negativa e fazem tudo o que podem para o evitar nas suas equipas e consigo mesmos”, afirma Rita Maria Nunes, Country Manager da TAB Portugal.

De acordo com a mesma responsável, “o medo do conflito é um paradoxo”.

Por um lado, “os líderes que, na maioria das vezes, não estão dispostos a participar em conversas difíceis, acreditam que estão a adotar uma abordagem respeitosa, profissional e pacífica na resolução de problemas”.

Contudo, em paralelo, “essa decisão pode agravar determinadas situações e faz perder oportunidades”. Organizações que adotam uma harmonia artificial nunca produzirão equipas de elevado desempenho. E ninguém quer isso, certo?”.

Para Rita Maria Nunes, o erro reside, desde logo, em “não saber a diferença entre conflito saudável e conflito negativo”.

Rita Maria Nunes

“Poucas pessoas diriam que uma discussão aos gritos no meio do corredor é construtiva ou profissional. Mas, as discussões pouco saudáveis também se podem manifestar de modos mais subtis. Críticas silenciosas ou agendas ocultas podem infiltrar-se sorrateiramente em interações positivas e gerar conflitos tóxicos. Vemos isto em organizações com culturas empresariais demasiado competitivas”, esclarece.

“Conflito saudável centra-se em ideias, soluções e colaboração”

Em contrapartida, “o conflito saudável centra-se em ideias, soluções e colaboração, deixando de lado o foco nas pessoas, culpas e egos. A comunicação aberta, a transparência e o respeito são as pedras angulares do conflito saudável. Mesmo nas conversas mais difíceis, permitir a diversidade de perspetivas pode ser um poderoso catalisador para a inovação e a melhoria”.

A Country Manager da TAB Portugal acredita que “as equipas de elevado desempenho aceitam conflitos saudáveis, debatendo e não encarando isso como algo pessoal.

Embora nem sempre estejam de acordo, a equipa respeita e considera as opiniões dos outros. Todos estão dispostos a ver as suas ideias postas em causa para que o grupo, no seu conjunto, alcance melhores resultados”.

É neste sentido que, “os líderes empresariais que pretendem criar um ambiente de trabalho inovador e produtivo devem adotar e promover uma cultura que abranja o conflito saudável”.

“Isto significa saber distinguir os tipos de conflito existentes na organização e perceber se os mesmos são tratados ou ignorados. E vou ser franca neste ponto: lidar com um conflito saudável é uma questão que se inicia no topo da hierarquia. Os líderes que adotam esta posição raramente toleram conflitos tóxicos ou a fuga aos conflitos na sua organização”, frisa.

Com a certeza de que a resolução saudável de conflitos nas organizações começa pelos líderes, Rita Maria Nunes aponta quatro passos para atingir esta meta.

Do conflito negativo ao conflito saudável em 4 passos

  • Escuta ativa:

Escutar para responder e para compreender são duas coisas completamente diferentes. Em conversas mais pesadas, as pessoas com hábitos de conflito pouco saudáveis dão frequentemente por si a falar por cima dos outros. A comunicação interruptiva é um forte indicador de que a pessoa precisa de aperfeiçoar as suas capacidades de escuta ativa. Comprometa-se a não interromper os outros, a repetir o que foi dito e a fazer perguntas de esclarecimento.

  • Promover empatia:

Os conflitos estão carregados de grandes emoções e ligações pessoais a uma questão. Isso não é necessariamente uma coisa má. Agradeça o grau de preocupação ou a paixão da sua equipa pelo tema. Reconheça os seus sentimentos e valide as preocupações. Mesmo que alguém se exprima de modo fervoroso, a empatia é o canal apropriado para uma ligação saudável e a resolução de conflitos.

  • Promover mentalidade colaborativa:

Colaboração é uma ferramenta eficaz na resolução de conflitos. Encoraje o trabalho de equipa em toda a empresa, reforce o conceito de que as soluções requerem um esforço de grupo e faça saber que todas as perspetivas são bem-vindas e valorizadas. Lembre-se de que a promoção de uma cultura de colaboração também traz outras recompensas substanciais para toda a organização.

  • Aceitar mudança:

Um conflito saudável e uma resolução positiva de conflitos requerem flexibilidade e vontade de adaptação. Esteja aberto a modificar a sua posição ou solução face à questão em conflito. Caso contrário, a equipa acabará por perceber que a sua opinião não tem importância. Num ambiente empresarial em rápida mutação, compreenda que a adaptação à mudança constrói pontes e alarga oportunidades.

Sobre a TAB Portugal

A The Alternative Board (TAB) é uma organização internacional, criada em 1993, que está presente em mais de 20 países no mundo. Ajuda empresários nos cinco continentes e marca presença igualmente em Portugal.

Junta CEO’s, empresários e líderes de equipas que prestam um conjunto de serviços de consultoria estratégica, bem como a formação de conselhos consultivos, para outros empresários.

Partilhando o seu expertise e know-how, proveniente de uma variedade de setores não concorrentes entre si, a TAB disponibiliza ainda sessões individuais de mentoria e coaching, aplica ferramentas estratégicas e disponibiliza uma plataforma de networking com conexões internacionais que conecta centenas de gestores com diferentes backgrounds.

A nível mundial, a TAB já apoiou mais de 25 mil empresários a melhorarem os seus negócios e as suas vidas.

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