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Provedora “chata” escreve carta viral no adeus à Câmara do Porto

A Provedoria do Cidadão com Deficiência da Câmara do Porto será extinta, segundo indicou a atual provedora, que deixa o cargo com o sentimento de “missão cumprida”. Lia Ferreira, numa declaração que já é viral nas redes sociais, assume mesmo que exerceu as suas funções “com tanto afinco” que chegou a ser apelidada de “chata que não desiste” e por fim ouviu dizer: “O seu gabinete estava a ter protagonismo e competências apenas dignas de Pelouro e isso não pode acontecer”.

“Desempenhei sempre as funções que me foram confiadas, com rigor, lealdade e sentido de missão. Estes foram os pilares que sustentaram o meu trabalho, procurando sempre elevar a qualidade e capacidade de inclusão da Autarquia”, começou por escrever Lia Ferreira, numa ‘carta’ na sua página do Facebook.

A provedora que está de saída diz que deixa o cargo com uma certeza.

“Desempenhei as minhas funções com tanto afinco que cheguei a ser apelidada de ‘chata que não desiste’ e por fim ouvi ‘o seu gabinete estava a ter protagonismo e competências apenas dignas de Pelouro e isso não pode acontecer'”, revelou, explicando como encara as palavras que ouviu.

“Estas palavras arrasadoras soam a reconhecimento e elevação do trabalho que executei. As conquistas alcançadas não foram minhas, foram nossas, de todos aqueles que cuidei de defender”.

Na ‘carta’ aberta, Lia Ferreira diz que deixa as funções na esperança de que o”futuro seja cada vez mais inclusivo e justo”.

A até aqui provedora revela que “fica a consciência de que, apesar do estatuto, um Provedor não tem poder algum nem orçamento para executar qualquer projeto”.

E lamenta: “Só não fiz mais por não me ter sido institucionalmente permitido.”

Nesta espécie de balanço ao trabalho feito, Lia Ferreira explica o que fez durante o mandato.

“Envolvi as Associações de apoio a pessoas com deficiência, chamei as entidades competentes (internas e externas) para as ouvirem, criei dinâmicas entre serviços municipais e serviços externos”, revelou.

E acrescentou: “Caminhamos no sentido de fazer desta cidade uma cidade mais eficiente, inclusiva, solidária e aberta às pessoas que a habitam e percorrem.”

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