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Provedor que enganou Passos é candidato do PSD à Câmara de Pedrógão

O provedor da Santa Casa da Misericórdia que enganou Passos Coelho – induzido em erro sobre alegados suicídios decorrentes da tragédia do incêndio, que não ocorreram – é o candidato do PSD à Câmara Municipal de Pedrógão Grande.

É o facto político do dia e gerou diversas notícias. Começou com a declaração de Passos Coelho, que acusou o Estado de falhar, no apoio aos sobreviventes da tragédia de Pedrógão.

O líder do PSD falou em suicídios, mas a versão foi contrariada pela ARS Centro. Não houve qualquer suicídio na região relacionado com o incêndio.

Passos valera-se de um testemunho de João Marques, atual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Pedrógão Grande e candidato do PSD ao município – foi presidente entre os anos de 1997 e 2013, ficando impedido de se recandidatar, em virtude da lei da limitação de mandatos.

“Fui eu que dei ao dr. Passos Coelho uma informação errada. Julguei que a informação era fidedigna, e afinal não era. Felizmente não se confirma nenhum suicídio, ao contrário do que eu disse ao dr. Passos Coelho. Peço-lhe desculpas públicas por isso”, disse João Marques, em declarações ao Expresso.

Mas há mais política neste episódio. Passos Coelho foi também desmentido pelo presidente da Câmara de Pedrógão, Valdemar Alves. O autarca partiu para o ataque, afirmando que o líder do PSD é “um boateiro”. O líder do município é candidato do PS.

Na origem destes rumores, boatos, desmentidos e acusações estarão, aparentemente, disputas partidárias, com as eleições autárquicas de outubro no horizonte. E todos saem mal desta ‘fotografia’, que tem como base uma das maiores tragédias florestais em Portugal, com 64 mortos.

E da agenda política surge mais matéria acusatória do que uma tentativa de unir esforços para encontrar soluções para o drama dos incêndios.

Veja o vídeo que esteve na origem de um dia triste:

https://playbuffer.com/watch_video.php?v=AM3SHY51A4W3

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