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Estado comprou mas nunca usou sistema para controlar SIRESP

O Estado comprou um sistema para monitorizar o SIRESP que não chegou às mãos… do Estado. A notícia é avançada, nesta terça-feira, pelo jornal Público e está a gerar polémica.

De acordo com o referido jornal, o software Traces, assim designado, foi comprado em 2015 mas “nunca foi utilizado pelo seu principal cliente e comprador, a Autoridade Nacional de Proteção Civil”, uma vez “por não lhe ter sido entregue pela Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI) a licença de utilização”.

Ainda se pode ler, a Proteção Civil pediu à Administração Interna a licença, depois do incêndio de Pedrógão Grande mas, nem depois disso, a autorização chegou.

A Proteção Civil já confirmou ao Público que o software em causa “nunca foi utilizado” e que até 3 de novembro – dia em que o Público recebeu a resposta da ANPC – “as referidas licenças não se encontram na ANPC”.

Este sistema permite monitorizar em tempo real a cobertura da rede SIRESP. Daí é possível com dados técnicos perceber onde é que o SIRESP está a funcionar ou não e, perante esses dados, os responsáveis podem tomar decisões operacionais.

Governo de Passos Coelho comprou

Este sistema, que vigia o SIRESP, custou aos cofres do Estado 200 mil euros e a compra foi feita ainda no Governo de Passos Coelho.

Porém, a entrega do software realizou-se já durante a governação de António Costa, sendo dadas duas licenças: uma para a ANPC, outra para a SGMAI.

Todavia, ambas as licenças ficaram nos gabinetes da Administração Interna.

O Público revela que questionou o Ministério da Administração Interna mas ainda não obteve respostas.

Nos fogos florestais que devastaram grande parte do território português, nos últimos meses, uma das críticas apontadas – sobretudo no fogo de Pedrógão Grande – foram as falhas do SIRESP.

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