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Dezoito agentes da PSP acusados de tortura, racismo e sequestro

O Ministério Público acusa 18 agentes da PSP de tortura, racismo e sequestro de seis jovens da Cova da Moura. O caso aconteceu em fevereiro de 2015 na esquadra de Alfragide, concelho da Amadora.

De acordo com o Diário de Notícias (DN), esta “investigação sem precedentes concluiu que seis jovens negros foram vítimas de racismo”, salientando também que “os polícias mentiram”. Além disso, os agentes, entre os quais um chefe, “vão ser acusados dos crimes de tortura, sequestro, injúria e ofensa à integridade física qualificada, agravados pelo ódio e discriminação racial contra seis jovens da Cova da Moura, na Amadora”.

“O Ministério Público acusa também alguns dos polícias por crimes de falsificação de relatórios, de autos de notícia e de testemunho. Há ainda uma subcomissária e uma agente acusadas também pelos crimes de omissão de auxílio e denúncia. Na esquadra todos participaram nos crimes, segundo o MP, que mandou arquivar todos os processos dos polícias contra os jovens”, pode ler-se ainda no DN.

Este caso surge na sequência de dois anos de uma investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária.

As entidades envolvidas nesta investigação chegam a esta conclusão “baseada em 30 testemunhos, relatórios médicos e cruzamento de informações recolhidas”.

O Ministério Público quer arquivar a queixa contra os jovens e, por outro lado, levar a tribunal os agentes de polícia.

O DN salienta ainda que os jovens “foram humilhados, vítimas de enorme violência física e psicológica por parte de agentes da autoridade dominados por sentimentos de xenofobia, ódio e discriminação racial”.

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