Economia

Wall Street fecha em baixa devido à investigação a Trump e ao conflito EUA-China

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, com os investidores a cederem às revelações relativas a um telefonema do Presidente dos EUA, Donald Trump, para o seu homólogo ucraniano e ao aumento das preocupações com as negociações comerciais sino-norte-americanas.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,30 por cento, para os 26.891,12 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq perdeu 0,58 por cento, para os 8.030,66.

Da mesma forma, o alargado S&P500 desvalorizou 0,24 por cento, para as 2.977,62 unidades.

Em documento público divulgado hoje pelo Congresso, ficou a saber-se que a Casa Branca tinha tentado restringir o acesso às notas sobre um telefonema entre Donald Trump e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Esta chamada, durante a qual o Presidente norte-americano solicitou a Zelensky que lançasse um inquérito sobre um rival político, o democrata Joe Biden, provocou a abertura de um processo de destituição na Câmara dos Representantes.

“Este documento parece mais inquietante do que leva a crer a transcrição parcial da chamada telefónica divulgada na quarta-feira pela Casa Branca”, sublinhou Karl Haeling, da LBBW.

“Os investidores, de repente, ficaram inquietos com o risco de destituição”, estimou este operador.

“Esta investigação vai distrair o Presidente (ou, ao contrário, absorvê-lo totalmente) a tal ponto que vai desviar a sua atenção da negociação comercial com a China? Vai obrigá-lo a chegar a um acordo, com base no princípio de que isso o vai ajudar a reforçar o mercado acionista e o seu estatuto político? A China vai abster-se de assinar um acordo, antecipando uma mudança política em 2020?”, questionou, por seu lado, Patrick O’Hare, da Briefing.

A praça nova-iorquina também reagiu às informações da comunicação social que davam conta da probabilidade de o Governo norte-americano não prolongar o prazo concedido às empresas dos EUA para venderem equipamentos ao conglomerado chinês de comunicações Huawei, que Washington suspeita de espionagem em benefício de Pequim.

“Isto reavivou os temores de que as tensões comerciais entre os EUA e a China vão regressar em força”, acrescentou Haeling.

Na quarta-feira, Wall Street tinha acabado em alta depois de afirmações de Trump a prometer um acordo comercial com a China “mais depressa do que se pensa”.

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